A morte de Ayrton Senna não foi o único acontecimento trágico relacionado ao GP de San Marino, disputado em Ímola, na Itália, há 30 anos. Os pilotos Roland Ratzenberger e Rubens Barichello sofreram acidentes nos dias que antecederam o 1º de maio, dia que marcou a morte do tricampeão brasileiro.
O primeiro acidente grave ocorreu na sexta-feira, 29 de abril, durante um treino. O brasileiro Rubens Barrichello, piloto da Jordânia, perdeu o controle do carro, capotou um meio-fio e bateu violentamente em uma barreira de pneus. O piloto recebeu atendimento médico, mas sofreu pequenos hematomas e quebrou o nariz.
Roland Ratzenberger dirigia o modesto Simtek e buscava se classificar para a corrida do dia seguinte. O motorista bateu na curva de Villeneuve depois que a asa dianteira do carro se soltou e fez com que o austríaco perdesse o controle do carro. A morte foi confirmada no sábado, dia 30, poucas horas após o acidente.
A morte de Ratzenberger foi a primeira morte na pista em oito anos. O austríaco teve uma carreira modesta na Fórmula 1, disputando apenas uma corrida: o GP do Pacífico, em 1994.
Outro acidente ocorreu antes da fatalidade envolvendo Ayrton Senna. Na largada do GP, o finlandês JJ Lehto, piloto da Benetton-Ford, largaria do quinto lugar, mas teve problemas mecânicos e não conseguiu largar. O português Pedro Lamy, vindo do 22º lugar, não conseguiu evitar o companheiro de grelha e bateu nas costas da Benetton.
Os motoristas não ficaram feridos, mas pedaços do carro chegaram à arquibancada e feriram quatro espectadores. O acidente deixou o safety car na pista por cinco voltas.
A corrida recomeçou na sexta volta, com Senna na liderança e o estreante Michael Schumacher na segunda colocação. O acidente fatal do brasileiro na curva Tamburello, na sétima volta da prova.
Os acidentes pré-corrida atormentaram profundamente Senna. O piloto cogitou boicotar a prova italiana, mas foi convencido a correr. O carro de Senna tinha bandeira austríaca, possivelmente uma homenagem ao piloto falecido no dia anterior.
Antes de 1994
Nelson Piquet dirigia a Williams em 1987 quando também perdeu o controle do carro na curva. Um furo no pneu traseiro direito fez Piquet rodar na pista e bater com força no muro de concreto.
O brasileiro apresentou traumatismo cranioencefálico, hematoma no pé esquerdo, além de lesões no peito e no braço após exames. Apesar de perder a prova, Piquet terminou o ano como campeão mundial.
O austríaco Gerhard Berger também foi vítima da curva. No GP de San Marino de 1989, o piloto dirigia a Ferrari quando a asa dianteira quebrou.
O carro bateu no muro e, pouco depois, começou a pegar fogo. Berger sofreu queimaduras de segundo grau e uma costela quebrada.
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