PICADA
(18) 92 minutos
★★★☆☆
AS ARANHAS têm uma má reputação.
A maioria de nós detesta seus modos assustadores e rastejantes, e as pessoas que gostam deles são frequentemente classificadas como esquisitos que provavelmente usam maconha.
Portanto, é uma jogada ousada fazer da protagonista principal deste filme uma garotinha tão apaixonada por sua aranha de estimação que eventualmente permite que ele massacra um prédio inteiro de pessoas.
Esta é Charlotte (Alyla Browne), de 12 anos, que mora em um apartamento no Brooklyn com a mãe, o padrasto e a irmã mais nova.
Conhecemos essa rebelde criativa pela primeira vez quando ela invade o apartamento de sua tia-avó e encontra uma aranha que acabou de cair de sua janela em um asteróide.
Ela chama o inseto de Sting e o coloca em uma jarra para examiná-lo em seu quarto.
Ela logo descobre que ele tem superpoderes, como imitar ruídos.
Sting também gosta de mastigar as baratas que Charlotte traz para ele, e logo supera seu pote.
Ah, e Sting também tem uma fome desesperada por carne humana.
O que não é ideal para os ocupantes do apartamento dela.
Ou os caçadores de insetos que tentam lutar contra o aracnídeo gigante.
O diretor Kiah Roache-Turner dá a este terror de baixo orçamento um toque cômico com personagens OTT e alguns momentos de comer carne – há um momento especialmente horrível com um cachorrinho de suéter e seu desejo alcoólico de dono.
Mas também há alguns saltos que deixarão entusiasmado até o observador de filmes de terror mais experiente.
A dinâmica familiar é decente, com uma mãe frustrada, um padrasto sobrecarregado e uma filha amarga.
Mas a teia da vida familiar nunca é capaz de crescer com tantas outras coisas acontecendo – como uma aranha assassina gigante crescendo em uma jarra.
Além de Charlotte, a maioria dos personagens do prédio são bastante unidimensionais – o cientista peculiar em um apartamento, a velha e miserável mulher bêbada em outro.
Eles ocupam uma parte surpreendente do filme quando muitos deles estão lá apenas para comer Sting.
Roache-Turner claramente gastou a maior parte do orçamento em efeitos especiais, o que faz com que pareça menos bobo.
Mas embora seja engraçado e agitado o suficiente para mantê-lo entretido por 90 minutos, há pouco para mantê-lo encantado.
Ou, na verdade, pensar nisso novamente.
Poderia ter muito mais ferroada na cauda.
Notícias de cinema
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Dwayne Johnson é um semideus em Moana 2.
A Múmia retorna aos cinemas para comemorar seu 25º aniversário em julho.
PEQUENOS MONSTROS
(PG) 87 minutos
★★☆☆☆
FALHAS e falta de originalidade são as conclusões predominantes desta aventura infantil russa animada e pouco sofisticada.
O enredo é surpreendentemente sem imaginação – as casas são habitadas por criaturas peludas chamadas finlandeses, que apenas algumas pessoas escolhidas podem ver.
Adicione o roteiro cheio de clichês, a partitura de piano enfadonha e uma total falta de entusiasmo visual e o público-alvo de espectadores mais jovens logo começará a ficar inquieto.
Os finlandeses são banais, parecendo um cruzamento banal entre Dobby, o elfo doméstico de Harry Potter, e um brinquedo fofinho que você ganharia em uma feira.
E não é surpreendente que seu papel principal seja cuidar secretamente da casa.
Quando a aspirante a detetive adolescente Christine se muda para uma nova área com seus pais, ela descobre Finnick, nosso herói fofo anti-establishment e pregador de peças (dublado por Billy Bob Thompson) na residência, cujo lema é “Sem humanos, sem problemas”.
Os dois formam uma amizade relutante para frustrar o mal na vizinhança, incluindo o vilão JB, que quer “destruir todas as casas e destruir todos os finlandeses”.
Previsível, pouco refinado, mas pelo menos a dublagem do russo para o inglês é bem executada.
A JOVEM E O MAR
(PG) 129 minutos
★★★★☆
DAISY Ridley estrela como Trudy Ederle, a primeira mulher a nadar no Canal da Mancha nesta cinebiografia com um espírito feminista pertinente.
Ele mostra como a nova-iorquina – filha de imigrantes alemães conservadores – sobreviveu a uma terrível crise de refeições quando criança, tornando-se uma nadadora olímpica ganhadora da medalha de ouro antes de seu triunfo no Channel, há quase um século, em 1926.
O diretor Joachim Ronning se concentra em sua luta contra o establishment esportivo sexista dos EUA – incluindo uma tentativa fracassada devido ao mau treinamento do treinador chauvanista Jabez Wolffe (Christopher Eccleston).
O filme de Ronning, embora um pouco previsível, ainda consegue ser divertido e emocionante.
O desempenho incomparável e a simpatia de Ridley – Rey da recente trilogia Star Wars – tornam esta cinebiografia um pouco antiquada algo totalmente mais respeitável.
Também seria um crime não mencionar o desempenho arrasador da estrela de Boiling Point, Stephen Graham, no papel do excêntrico nadador Bill Burgess, um dos principais apoiadores de Trudy.
Linda Marc