Machado de Assis viralizou nos Estados Unidos na semana passada graças a uma influenciadora do TikTok que se encantou com “Memórias Póstumas de Brás Cubas” e compartilhou sua história na rede social.
As buscas pelo livro brasileiro lançado em 1881 dispararam nos Estados Unidos, como mostra pesquisa realizada por CNN na ferramenta tendências do Google. Além disso, ficou no topo dos mais vendidos da Amazon na categoria “Literatura Caribenha e Latino-Americana”.
No Brasil, “Memórias Póstumas de Brás Cubas” é considerado um dos principais clássicos da nossa literatura e o marco inaugural do Realismo, escola literária que levou o romance ao campo da observação e utilizou livros para denunciar males.
Machado de Assis, fundador da Academia Brasileira de Letras, também ficou marcado por outros livros, além de seus contos, peças de teatro e poemas. Quer saber mais sobre o autor? A CNN apresenta abaixo cinco livros para quem quer ir além de “Memórias Póstumas de Brás Cubas”.
“Dom Casmurro”
Publicado em 1899, o romance é um dos mais conhecidos de Machado de Assis e tem como narrador Bentinho, que dedica a história a contar sua vida com Capitu. A marca da trama é o dilema: Capitu traiu Bentinho? Como a história não resolve definitivamente a questão, a dúvida gera discussões e mantém a obra viva até hoje.
“Dom Casmurro” foi adaptado para o cinema em “Capitu” (1968), que teve roteiro de Lygia Fagundes Telles, e “Dom”, em 2003. Na televisão, a série “Capitu” marcou o centenário da morte de Machado de Machado de Assis em 2008 e teve Eliane Giardini, Maria Fernanda Cândido e Michel Melamed no elenco.
“Quincas Borba”
A partir de 1892, a obra é narrada em terceira pessoa e conta a história de Rubião, um menino que se torna discípulo do filósofo Quincas Borba e acaba herdando a fortuna de seu mentor. Depois de ficar rico, ele viaja para Corte, no Rio de Janeiro, e conhece dois amigos parasitas que vivem do seu dinheiro. O livro narra as aventuras do trio.
“Esaú e Jacó”
Obra de 1904, Esaú e Jacó se inspira em um trecho do Gênesis, da Bíblia, para retratar dois irmãos gêmeos que são completamente diferentes em tudo e se apaixonam pela mesma mulher. O romance tem como pano de fundo o momento socioeconômico que o Brasil atravessa, reflete sobre a Proclamação da República e expõe monarquistas e republicanos em lados opostos, personificados nas figuras dos irmãos Pedro e Paulo.
“Helena”
Exemplo da primeira fase de Machado de Assis, “Helena” foi publicado em 1876 e chocou a sociedade da época ao expor o incesto. O protagonista, que era pobre, descobre que era filho do conselheiro Vale, herda uma fortuna e vai morar em sua casa com o meio-irmão Estácio, seu filho legítimo.
“Memorial de Aires”
O último livro de Machado de Assis, de 1908, dedica-se a reunir histórias e experiências de Conselheiro Aires, figura presente em muitas de suas obras. O crítico aponta o conteúdo autobiográfico do livro, argumentando que Machado seria Aires e sua esposa, Carolina Augusta Xavier de Novais, seria retratada na figura de D. Carmo.
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