Criado em 2005, o Virada Cultural de São Paulo é considerado um dos eventos mais importantes na capital paulista, com a proposta de promover um festival gratuito e simultâneo. Reviva a história do festival abaixo.
Inspirado no festival francês Nuit blanche (Noite Branca, em tradução literal), o Virada sempre teve como objetivo proporcionar ao público acesso às produções artísticas brasileiras em diversos idiomas (música, teatro, exposições etc.) durante 24 horas ininterruptas.
Além disso, buscou reverter o esvaziamento da região central de São Paulo, levando as pessoas a ocuparem as ruas e conviverem com diferentes tribos e classes.
Nomes como Adriana Calcanhoto, Luiz Melodia, Tom Zé, Leci Brandão, Racionais MC’s, Alceu Valença, Gal Costa, Marcelo D2, Zé Ramalho, Karol Conka, Projota, Valeska Popozuda, Roberta Miranda, Nação Zumbi, Elza já se apresentaram na Virada Cultural. Soares, Nx Zero, Gilberto Gil, Céu, Emicida, Caetano Veloso e Anitta.
Em 2016, porém, o evento começou a mudar de formato, passando a acontecer de forma descentralizada, em mais de cem locais da cidade.
Nesse mesmo ano, os cinco palcos principais ficaram sem atrações nas primeiras horas da manhã, ou seja, não ficaram mais 24 horas ininterruptos.
A mudança foi criticada por alguns, que argumentavam que o objetivo central do festival estava descaracterizado, e elogiada por outros, que falavam da necessidade de preservação do centro de São Paulo.
A segunda opinião baseou-se em episódios de violência e esmagamentos na região central durante os espetáculos.
Em 2007, por exemplo, a Virada foi marcada por um confronto entre policiais e parte do público no show dos Racionais MC’s, entre 5h e 6h, na Praça da Sé.
A confusão deixou telefones públicos, cercas de parques, vitrines e banheiros químicos danificados. Além disso, seis pessoas ficaram feridas e 11 foram presas por roubo, segundo a Polícia Militar.
Outro destaque, além dos shows musicais, foram os eventos alternativos que foram agregados. Em 2010, por exemplo, a Virada sediou o evento “Dimensão Nerd”, que ofereceu ao público mesas de RPG, jogos de tabuleiro, desfile de Cosplay e desfile de fantasias.
Houve também atividades dedicadas às artes da suspensão corporal e da tatuagem.
A partir de 2011, o stand-up comedy começou a ganhar espaço como atração. O palco dedicado a esse tipo de apresentação recebeu nomes como Danilo Gentili, Fábio Rabin, Tom Cavalcante.
Em 2020, pela primeira vez, o evento teve que ser adiado de maio para setembro, devido à pandemia da Covid-19, e acabou acontecendo de forma virtual.
O evento só voltou a acontecer presencialmente a partir de 2022, seguindo o formato descentralizado.
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