Escritor, filósofo, poeta e dramaturgo paraibano, Ariano Suassuna foi responsável por deixar um grande legado cultural no Brasil com obras icônicas que vão desde “Auto Compadecida” (1955) até “O Romance da Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue de idas e vindas” (1971). Nesta terça-feira (23) completam-se 10 anos da morte do artista.
Ariano Suassuna morreu em 2014, vítima de parada cardíaca. Nascido na Paraíba em 1927, o escritor foi um grande defensor da cultura nordestina, fato bastante evidente em suas produções.
Relembre as principais obras e adaptações de Ariano Suassuna
A obra de maior sucesso de Ariano Suassuna foi “Auto da Compadecida”. Ambientada no sertão nordestino, a obra mistura elementos da cultura popular, como folclore e religiosidade, com crítica social e uma abordagem cômica na trama que traz as aventuras de João Grilo e Chicó, dois nordestinos pobres que vivem de fraudes para sobreviver.
A peça foi adaptada para cinema e televisão mais de uma vez, tornando-se um marco na dramaturgia brasileira.
Outra grande obra de Ariano foi “O Romance da Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue de Vai e vem”. No romance, Suassuna mergulha nas tradições nordestinas ao contar a história de Dom Pedro Dinis Ferreira Quaderna, personagem que mistura realidade e mito em um cenário que atravessa séculos de história da região.
Os destaques do escritor também se devem “O Santo e o Porco” (1957), uma comédia que satiriza valores morais e sociais, e “A farsa da boa preguiça” (1960), que aborda temas como preguiça e malandragem no contexto nordestino.
As adaptações das obras de Ariano para o cinema e a televisão catapultaram ainda mais o escritor para firmar sua relevância cultural no Brasil.
Em 2000, “Auto da Compadecida” estreou nas telas brasileiras em uma produção dirigida por Guel Arraes e estrelada pelos renomados atores Selton Mello e Fernanda Montenegro, tornando-se um fenômeno nacional. Após 24 anos de lançamento, uma sequência chegará aos cinemas em dezembro deste ano.
“O Romance de A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta” inspirou uma minissérie em 2007, escrita por Luís Fernando Carvalho e intitulada “A Pedra do Reino”. Na história, o poeta-escriba Dom Pedro Dinis Ferreira Quaderna recorre aos seus antepassados e às suas memórias para tratar das suas preocupações existenciais.
“O Santo e o Porco” foi destaque no programa “Pessoas corajosas”exibida de 2001 a 2003, onde em uma cidade do interior do Nordeste do Brasil na década de 1920, um pai tenta ajudar o filho a conquistar a amada, mas acaba criando muita confusão.
Em 1995, “A Farsa da Boa Preguiça” virou filme para televisão, também escrito por Luís Fernando Carvalho, exibido na Rede Globo, dentro do programa Caso Especial, responsável por trazer uma coletânea de histórias produzidas especialmente para a televisão.
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