Filmando em sete semanas durante a pandemia de Covid-19, “Grande Sertão”em Guel Arraes, demorou mais de quatro anos para ser lançado. O projeto começou em 2020, antes de o Brasil entrar em estado de emergência, mas só chegou aos cinemas na quinta-feira (6).
Em entrevista com CNNo diretor conhecido por seu trabalho em “O Auto da Compadecida” (2000) e “Lisbela e o Prisioneiro” (2003) explicaram que os registros ocorreram entre as cepas Delta e Ômicron.
“Tivemos dificuldade em conseguir o dinheiro que já estava prometido e aí veio a pandemia. Atrasamos este projeto por mais de dois anos, entre o dinheiro e a pandemia. Felizmente escolhemos uma lacuna entre as duas linhagens. O filme ficou feio entre Delta e Ômicron, porque na hora que a vacina estava disponível já era seguro, o audiovisual começou a voltar. Tiramos exatamente esse hiato e ninguém ficou doente nesses meses. Terminamos e um mês depois veio o Ômicron”, disse.
“Tivemos que fazer um pacto entre nós, inclusive ter cuidado entre todos, ou seja, evitar sair, ter o máximo de disciplina possível para que pudéssemos pelo menos começar a correr e terminar sem que ninguém tivesse ‘positivo’ e a gente tivesse que pare”, revelou Luis Miranda.
Parte da preparação do filme foi feita por videoconferência, disse ele. Rodrigo Lombardi O CNN.
“A pandemia entrou no início [da produção do filme]. Fizemos duas ou três leituras e paramos. Depois de um tempo, todos arrumaram outro emprego. Muito tempo depois, Guel ligou para todo mundo e disse: ‘O filme está voltando’. ‘E como fazemos isso?’ ‘Videoconferência’”, disse. “Imagine ensaiar um desfile tão complexo pela internet”, completou Eduardo Sterblitch.
Em “Grande Sertão”, Arraes mostra sua percepção do clássico de Guimarães Rosa. O roteiro escrito pelo diretor pernambucano e Jorge Furtado (“Ilha das Flores” e “O Homem Que Copiava”) transpõe o universo de violência dos gangsters sertanejos para o território das organizações criminosas numa periferia urbana, cercada por muros gigantescos. Na tentativa de fazer jus ao texto de Guimarães Rosa, o filme utiliza elementos do teatro e do cinema.
Toda a trama é contada sob a perspectiva de Riobaldo (Caio Blat), que atua como narrador. Num cenário distópico de favela brasileira, a história começa na infância, quando conheceu Diadorim (Luisa Arraes). Anos depois, tornou-se professor de escola pública, que se vê preso no meio da guerra entre a facção e a polícia. No meio de um tiroteio, ele reencontra o amigo e acaba se juntando ao grupo para protegê-lo.
A dupla vive uma relação conflituosa, na qual se desejam, mas Diadorim finge ser homem para participar da guerra. Confuso com seus sentimentos, Riobaldo ainda promete lealdade eterna ao amigo. Após uma situação inesperada, a dupla lidera uma rebelião.
Outros personagens que ganham destaque ao longo da trama são: Joca Ramiro (Rodrigo Lombardi), o líder da facção, e Zé Bebelo (Luís Miranda), o coronel, que são vistos ora em lados opostos ora em comunhão; e Hermogénes (Eduardo Sterblitch), que representa “tudo de ruim que há no mundo”.
Assista ao trailer de Grande Sertão
Compartilhar:
Fonte
empréstimo banrisul simulador
cnpj bk
o que significa consigna
banco consignado
emprestimos no rio de janeiro
simulados brb
juro consignado
como fazer emprestimo consignado auxilio brasil
whatsapp apk blue