Numa iniciativa inédita, a vinícola portuguesa Cartuxa escolheu o Brasil para apresentar seu rótulo mais importante, Pêra-Manca, safra 2018. Cada garrafa está avaliada em R$ 5 mil.
Esta é a primeira vez que a adega, localizada na região vitivinícola do Alentejo, não se lança em Portugal.
Segundo a vinícola, a escolha do Brasil se dá porque o país é o maior mercado de exportação dos vinhos portugueses. A Cartuxa afirmou-se em 2022 como o maior exportador europeu de vinhos para o país.
Para o enólogo da vinícola, Pedro Baptista, o brasileiro sempre teve muito interesse em conhecer a fundo os vinhos, saber como eles são feitos e o que está por trás dos rótulos.
“O mercado e o consumidor brasileiro representam o que também têm a demonstrar ao longo dos anos de interesse pelos nossos vinhos, por isso lançamos aqui. Estamos muito felizes e orgulhosos em apresentar esta nova safra 2018 do tinto Pêra-Manca, que mostra a representatividade das pessoas que o Brasil representa nas vendas do negócio da vinícola”, afirma.
Segundo ele, o Brasil representa o país com maior volume de exportação da marca, em termos de vendas.
“O mercado brasileiro representa 30% de todas as nossas exportações, ou seja, tem a maior fatia dos nossos negócios. E o nosso projeto no Brasil está longe de estar esgotado, não só pela sua dimensão geográfica, mas também pela quantidade de consumidores, que sabemos que ainda não alcançamos e acreditamos que podemos alcançar ainda mais compradores”, destaca .
Por esses motivos, Baptista afirma que o Brasil continua sendo um país estratégico, inclusive em termos de crescimento e projeções de novas metas.
No total, serão produzidas 21 mil garrafas desse rótulo, e o Brasil é o país que receberá a maior demanda: 6 mil garrafas.
Baptista diz que 2018 foi um ano em que se reuniram as melhores condições para fazer a vindima.
“Após 18 meses de fermentação em barricas de carvalho francês e quatro anos de envelhecimento em garrafa nas caves do Convento da Cartuxa, nasceu a colheita Pêra-Manca Tinto 2018”, explica.
João Teixeira, diretor comercial da Adega Cartuxa, revela que o estado do Rio de Janeiro é o maior consumidor da marca, seguido por São Paulo, Goiás, Brasília e Salvador.
“Em 2022, a vinícola foi o produtor europeu que mais exportou em valor para o Brasil. Mas, para se ter uma ideia, em 2018 tivemos receitas de 3 milhões de euros, e em 2024 fecharemos com receitas de 7,5 milhões de euros. Ou seja, em cinco anos mais que dobramos as vendas”, ressalta.
A expectativa é que o vinho Pêra-Manca Tinto 2018 comece a ser vendido no Brasil no último trimestre deste ano.
“A projeção é que até o Carnaval de 2025 todas as garrafas desse rótulo já tenham sido vendidas. Mas não nos surpreenderemos se até o Natal não tivermos mais aqui no país”, finaliza Teixeira.
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