A ordem de despejo contra a WeWork, que expiraria nesta quarta-feira (25), foi adiada por sete dias. Agora, a locadora de espaços de coworking tem até a próxima quarta-feira (2) para resolver suas questões financeiras.
O caso envolve um prédio comercial localizado na Rua Girassol, 555, na Vila Madalena, em São Paulo.
A WeWork foi alvo de uma liminar de despejo movida pelos proprietários do empreendimento devido ao atraso de três meses no aluguel.
O adiamento do processo foi comunicado pela Rio Bravo Investimentos, responsável por um fundo imobiliário que detém 34,81% do imóvel, em fato relevante publicado nesta terça-feira (24).
No relatório, o fundo afirma que a decisão partiu dos proprietários do empreendimento, na segunda-feira (23), “para que os termos comerciais da transação que está sendo negociada entre as partes possam ser definitivamente acertados”.
Em comunicado, a WeWork afirma que as negociações estão resultando em acordos com os proprietários e que continua comprometida em prestar o melhor serviço possível aos seus associados.
“Nossas ações temporárias têm como objetivo acelerar as conversas para chegar a resoluções que sejam do melhor interesse de todo o nosso ecossistema, mutuamente benéficas e que estejam mais bem alinhadas com as condições atuais do mercado. Nossos membros continuam sendo nossa principal prioridade. As negociações já estão resultando em acordos com os proprietários e continuamos comprometidos em fornecer o serviço de excelência que nossos associados esperam.”
Segundo Anita Scal, sócia-diretora da Rio Bravo, a WeWork chegou a propor redução nos valores dos aluguéis, mas a medida não foi aceita pelo fundo e demais coproprietários do empreendimento.
A inadimplência, que abrange os meses de maio a julho de 2024, gerou duas ações judiciais: uma de cobrança de aluguel atrasado e outra de despejo por falta de pagamento.
Rappi sai de prédio na Vila Madalena
A imobiliária digital QuintoAndar, a fintech A Wise e o aplicativo de entrega Rappi são locatários da WeWork no prédio em questão.
Na semana passada, o CNN contatou as empresas, que disseram ter conhecimento do caso.
Mas apesar do andamento das negociações, como indica fato relevante da Rio Bravo, a Rappi optou por deixar o local nesta terça-feira.
“A Rappi vinha cumprindo todas as suas obrigações contratuais e de pagamento com a WeWork. A situação gerou um ambiente de incerteza e instabilidade, resultando em questionamentos de parceiros, clientes e colaboradores. Para evitar fazer parte desta situação constrangedora, optámos por sair do espaço R. Girassol para uma nova morada”, afirma a empresa em comunicado.
Wise disse que não comentaria.
O CNN também entrou em contato com o QuintoAndar, mas não obteve resposta até a publicação deste texto.
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