Duas das principais agências de classificação de risco do mercado global apontaram que as chuvas no Rio Grande do Sul terão impactos limitados nas seguradoras.
Para a S&P, a tragédia climática pode ter mais efeitos sobre os bancos, mas menos efeitos sobre as companhias de seguros.
“Acreditamos que poderá haver consequências significativas para o setor agrícola, os serviços, a propriedade privada e a infraestrutura pública do estado”, disse a S&P.
A S&P também antecipou riscos para empréstimos a pequenas e médias empresas, empréstimos ao consumo e cartões de crédito.
Outra agência, a Fitch Ratings, também disse esta segunda-feira que espera um impacto limitado nas seguradoras brasileiras resultante das fortes chuvas que há dias assolam o estado do Rio Grande do Sul, afirmando que as inundações não deverão afetar negativamente a sua capital.
“A expectativa da Fitch é que a indústria de seguros brasileira administre efetivamente o impacto das fortes chuvas, com resultados provavelmente permanecendo dentro das atuais projeções de classificação”, disse ele.
“Apesar do desafio em quantificar as perdas exatas nesta fase, a penetração limitada dos seguros no mercado e a baixa concentração destes produtos na região sugerem que o impacto nos resultados financeiros das seguradoras nos próximos trimestres deverá ser mínimo ou pouco significativo .”
No setor bancário brasileiro, a Fitch colocou os ratings de três instituições financeiras em observação negativa devido às incertezas quanto ao impacto causado pelas fortes chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul, a saber: Banrisul, Banco Sicredi e Unicred Porto Alegre.
O número de mortos em decorrência das chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a semana passada chega a 147. O último balanço da Defesa Civil foi divulgado na manhã desta segunda-feira (13). O número de municípios afetados permanece em 447.
A tragédia climática pode fazer com que a economia gaúcha termine 2024 com crescimento praticamente zero, segundo previsão do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco em relatório publicado na semana passada.
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