O Citi Brasil fechou o primeiro semestre deste ano com lucro líquido de R$ 896 milhões, crescimento de 3,4% em relação ao mesmo período do ano passado. O aumento do resultado foi impulsionado pelo aumento das margens do banco, efeito parcialmente compensado pelo maior provisionamento contra inadimplência, e também pelos investimentos e despesas vinculados à reestruturação global do conglomerado.
A margem financeira do banco foi de R$ 3,3 bilhões nos primeiros seis meses do ano, um aumento de 37% em relação ao primeiro semestre do ano passado. A carteira de crédito cresceu 8,3% devido ao conceito ampliado, para R$ 49 bilhões.
“O crescimento da carteira esteve em linha com as nossas expectativas”, disse ao Estadão/Transmissão o presidente do Citi no país, Marcelo Marangon. “Para o segundo semestre, vemos talvez um crescimento menor, resultado de um menor nível de atividade e da incerteza que temos visto no cenário econômico.”
O segundo semestre será marcado pelas eleições nos Estados Unidos, evento que tradicionalmente gera volatilidade no mercado financeiro e que este ano decorre em paralelo com um debate sobre a redução das taxas de juro nos EUA. A combinação desses fatores e das incertezas quanto à situação das contas públicas brasileiras fez com que muitas empresas antecipassem a tomada de crédito bancário e as emissões de dívida para o primeiro semestre do ano.
Nos primeiros seis meses do ano, diante do cenário mais incerto para alguns setores da economia, o banco fez maior provisionamento contra possíveis atrasos de crédito, o que elevou o custo do crédito de 0,78% para 1,36% da carteira na comparação anual .
“Aumentamos as provisões para nos prepararmos para possíveis surpresas, mas não tivemos nenhuma no primeiro semestre”, diz Marangon. “Não tivemos nenhuma nova reestruturação ou renegociação em que tenhamos perdido crédito. Mas aumentámos as provisões à luz do crescimento da carteira e da deterioração de alguns setores.”
A inadimplência permaneceu em 0,03%, conforme critério de atraso superior a 90 dias. O Citi atende atualmente grandes empresas no Brasil, público onde a qualidade do crédito é geralmente superior à do banco de varejo, onde o conglomerado não opera no país desde 2017.
Manutenção
O Citi encerrou o primeiro semestre deste ano com R$ 213 bilhões em ativos, volume 14,5% superior ao do mesmo período de 2023. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) da operação foi de 14,1%, 0,1 ponto percentual superior ao observado em nos primeiros seis meses do ano passado, enquanto os depósitos de clientes aumentaram 10%, para R$ 72 bilhões.
Marangon afirma que a perspectiva para o segundo semestre é de manutenção da procura dos clientes pela prestação de serviços do banco, actividade directamente relacionada com a “presença” do banco no dia-a-dia das empresas e também de grandes investidores estrangeiros que operam no mercado local.
“Estamos muito bem posicionados. Ganhamos participação de mercado no primeiro semestre e vemos continuidade”, afirma o executivo.
Mudanças
Nos últimos 12 meses, os resultados do Citi no Brasil não cresceram no mesmo ritmo que o volume de negócios do banco, devido aos impactos da reestruturação global do banco. Aqui, o Citi teve despesas não recorrentes de R$ 300 milhões, dos quais R$ 130 milhões relativos à reorganização de processos e outros R$ 170 milhões vinculados à força de trabalho.
Com a mudança na organização interna, que levou à eliminação de algumas áreas ao redor do mundo, o Citi reduziu o número de funcionários no Brasil em cerca de 5%. O banco encerrou o primeiro semestre com 2.169 funcionários no país. Segundo Marangon, parte do processo ainda deverá ocorrer no segundo semestre deste ano, uma parcela menor em 2025, e a partir de 2026 o banco deverá entrar em “fluxo normal” de atividades.
Em escala global, a CEO do Citi, Jane Fraser, iniciou no ano passado um plano para simplificar as operações e aumentar a lucratividade. Noutros países, foram vendidos negócios de banca de retalho, enquanto em todo o mundo as áreas foram unificadas para reorganizar as operações.
Compartilhar:
melhor banco para emprestimo consignado
caixa simulador emprestimo
empréstimo consignado sem margem
qual o melhor banco para fazer emprestimo consignado
melhores bancos para empréstimo consignado
simulação emprestimo caixa
qual banco faz empréstimo acima de 80 anos
o que é emprestimo consignado inss
número banco bmg
lojas help telefone
consignação empréstimo bancário
numero do banco bmg