A Golden Cross informou neste domingo (9) que está negociando com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) a interrupção temporária da comercialização de planos de saúde.
Na sexta-feira (7), o regulador enviou ofício à empresa pedindo esclarecimentos sobre a suspensão das vendas a partir de 18 de junho. Na época, o órgão disse não ter recebido o pedido da empresa.
“Assim, a operadora não está autorizada a suspender a venda de seus produtos na data anunciada – 18/06 -, e todos aqueles cadastrados no regulador e com status de “ativo” permanecem disponíveis para compra pelos consumidores, até o seu a suspensão está devidamente autorizada pela ANS”, disse a agência reguladora em nota nesta sexta-feira.
A Golden Cross, por sua vez, disse que a interrupção temporária das vendas do segmento de saúde foi pensada com o objetivo de reestruturar seu portfólio de produtos.
“Para se adequar ao novo Programa de Compartilhamento de Riscos, previsto na resolução normativa número 517 da ANS, para aumentar ainda mais a qualidade do serviço já prestado pela Golden e a proteção ao consumidor”, afirmou a empresa.
A empresa destaca ainda que os planos do segmento odontológico continuam sendo comercializados normalmente.
Parceria com Amil
Além disso, a partir de 1º de julho, os clientes dos planos médicos corporativos Golden Cross passarão a ser atendidos pela rede credenciada Amil.
“Os 240 mil beneficiários Golden, em sua maioria residentes no Rio de Janeiro, passam a contar com atendimento de excelência em todas as especialidades e níveis de atendimento, além de canais próprios de atendimento”, afirma a operadora.
As empresas apontam ganhos de eficiência pela escala e qualidade da Amil, que, só em 2023, intermediou mais de 80 milhões de procedimentos médicos, realizados por 20 mil médicos e serviços de saúde credenciados, segundo a Golden Cross.
“Além da expertise das unidades próprias, a rede Amil conta com 12 hospitais e clínicas que são referência no Rio de Janeiro. É a tradição da Golden de mãos dadas com o atendimento assistencial e a estrutura moderna da Amil”, acrescentou a empresa.
A operadora cita ainda que esse modelo está previsto na regulamentação dos planos de saúde e não altera o vínculo do beneficiário com a Golden Cross.
“Com base na resolução normativa número 517 da ANS, o acordo está estruturado como um Programa de Compartilhamento de Riscos que tem como objetivo aumentar ainda mais a qualidade do serviço já prestado pela Golden”, ressalta.
“Os desafios da saúde suplementar nos impulsionam a buscar soluções eficientes com empresas confiáveis e que compartilhem dos nossos valores. Nossos beneficiários podem ter certeza de que nosso propósito é garantir o melhor atendimento médico, para todas as suas necessidades, com alta qualidade e cobertura geográfica”, afirma o presidente da Golden Cross, Franklin Padrão Junior, em nota enviada pela empresa.
Quanto à parceria para utilização da rede Amil pelos beneficiários da Golden Cross, a ANS afirma que é permitida nos termos da lei e das normas de saúde suplementar.
“Não há necessidade de autorização da agência, apenas comunicação ao regulador nos casos em que haja alteração do tipo de contrato (direto, indireto ou rede própria) que havia sido registrado”, apontou a agência.
“Como a Golden Cross informou à ANS para operar apenas com rede direta, seja para prestadores hospitalares ou não hospitalares, ela precisará fazer essa alteração no seu cadastro no regulador para utilizar a rede Amil (rede indireta) – que ainda não foi feito”, enfatiza a agência.
O órgão acrescenta que a decisão não se trata de transferência de carteira e que nada muda no serviço prestado aos beneficiários.
“A Golden Cross continua a ser responsável por prestar assistência aos seus clientes. As operadoras são obrigadas a oferecer aos beneficiários todos os procedimentos previstos no rol de procedimentos e eventos de saúde, de acordo com o contrato e nos prazos definidos pela ANS.”
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