O Itaú BBA retomou a cobertura das ações do Grupo Pão de Açúcar (GPA) – PCAR3 – com recomendação desempenho de mercado (desempenho em linha com a média, equivalente a neutro), com preço-alvo para o final de 2024 de R$ 3,70, o que implica uma valorização potencial de 19% em relação ao fechamento de quarta-feira.
Os analistas do banco destacam que, nos últimos anos, o GPA passou por diversas transformações, levando a uma estrutura muito mais simples e permitindo que o foco seja direcionado para o seu negócio principal. Para o BBA, o processo de turnaround (processo de recuperação) colocou a empresa no caminho certo e já está a dar frutos, com uma melhoria substancial na estrutura de capital.
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No entanto, a equipa de análise ainda carece de apoio de avaliação para apoiar uma posição mais construtiva sobre a história neste momento.
O novo GPA
Sobre o “Novo GPA”, o BBA avalia que a varejista passou por mudanças significativas nos últimos anos. Atualmente, a empresa é uma varejista de alimentos 100% sediada no Brasil, com foco em supermercados premium e lojas de proximidade. O plano de inversão de marcha – iniciado em meados de 2022 para aumentar as vendas, o NPS (métricas de satisfação do cliente) e a rentabilidade através de diversas iniciativas – já está a dar frutos, com uma melhoria substancial na dinâmica operacional. A administração abordou a questão da estrutura de capital através de uma série de vendas de ativos não essenciais e do acompanhamento recentemente concluído.
Os consistentes ganhos de participação de mercado da marca Pão de Açúcar desde o início do processo de turnaround, por sua vez, também sustentam uma visão construtiva sobre o poder da marca e a percepção de qualidade no segmento premium. A operação digital da empresa – que tem a maior penetração digital na cobertura bancária do varejo alimentar, com aproximadamente 12% no primeiro trimestre – é outra sólida vantagem competitiva do GPA.
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No entanto, o banco não vê garantias de avaliação para apoiar uma posição mais optimista por enquanto. “Nosso modelo incorpora as melhorias operacionais da empresa e a nova estrutura de capital, mas não esperamos que o lucro líquido entre em terreno positivo em 2025. Nossas estimativas levam em consideração as projeções atualizadas da nossa equipe macro, que incluem uma taxa Selic de dois dígitos sustentada em 2025” , avalia o banco, destacando que isso provavelmente manterá as despesas financeiras líquidas da empresa em patamares elevados, o que continuará pesando nos resultados da empresa.
“Portanto, optamos por ficar à margem de uma base de avaliação mais clara para sustentar uma postura mais otimista, mas reconhecemos que a empresa está exposta a uma perspectiva mais promissora pela frente”, avalia.