As ações da Dasa (DASA3) voltaram a subir fortemente na sessão desta sexta-feira, depois de subirem 13,69% na véspera, com a empresa de medicamentos diagnósticos prestando esclarecimentos sobre uma potencial transação com a Amil. As ações da empresa fecharam cotadas a R$ 4,27, representando alta de 11,78%.
A Dasa afirmou hoje que uma possível combinação de negócios com a Amil estaria em linha com as iniciativas operacionais e estratégicas anunciadas no aporte de R$ 1,5 bilhão da família controladora.
Segundo comunicado, qualquer operação cuja implementação resulte na redução da dívida líquida em pelo menos R$ 2,5 bilhões aciona os critérios de fixação do preço das ações a serem emitidas no aumento de capital, para evitar assimetria de informações.
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A empresa disse ainda que não garante que tais iniciativas serão implementadas.
O movimento de ontem foi impulsionado pela notícia do Valor Econômico de que a Amil propunha a fusão dos hospitais com a Dasa. A conversa entre as empresas foi de “natureza informal”, segundo a reportagem, que citou fontes.
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Segundo o relatório, cada empresa possui cerca de 12 hospitais de marcas reconhecidas como Nove de Julho, Samaritano, Pró-Cardático, Santa Paula, Leforte, entre outras, com unidades distribuídas em diversas regiões do país.
A ideia, segundo fontes, partiu da Amil e agora a proposta está na mesa da Dasa, que busca formas de melhorar sua eficiência operacional e reduzir o endividamento. Na semana passada, a família Bueno, controladora da Dasa, contribuiu com R$ 1,5 bilhão para o caixa da empresa. A operação está vinculada a aumento de capital e venda de ativo no valor mínimo de R$ 2,5 bilhões até o final do ano. A empresa está em negociações para vender uma participação minoritária do negócio de medicina diagnóstica a um grupo estrangeiro que atua no mesmo setor.
O Itaú BBA destaca que o potencial acordo discutido no relatório envolveria a fusão de dois importantes players do setor. A Amil possui cerca de três milhões de beneficiários de saúde e ativos hospitalares nas principais regiões do país, enquanto a Dasa possui a segunda maior rede diagnóstica e opera uma grande rede de hospitais de primeira linha em regiões como São Paulo e Rio de Janeiro.
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Ao falar especificamente sobre a Dasa, o Morgan Stanley destacou que a atual alta alavancagem da Dasa dificilmente será resolvida por meio da geração orgânica de caixa; portanto, qualquer evento que pudesse reduzir materialmente a dívida seria bem-vindo. “O relatório contém poucos detalhes sobre qualquer estrutura de negócio potencial, mas observamos que as atuais condições de saúde do mercado (altas taxas de juros e disponibilidade limitada de dinheiro) poderiam reduzir as chances de troca de dinheiro caso algum negócio ocorresse”, avalia o banco. Outras estruturas hipotéticas poderiam ser a injeção de dinheiro em uma potencial NewCo (nova empresa) ou na própria Dasa. Em termos de competitividade, uma potencial fusão poderia trazer sinergias e poder de negociação, avalia o banco americano, destacando que o momento tem sido desfavorável para as operadoras de saúde, sofrendo pressões sobre capital de giro, credenciamentos e glosas.