Após três sessões consecutivas de alta, as taxas DI fecharam em queda na terça-feira, em linha com a queda dos rendimentos do Tesouro e com parte dos investidores obtendo lucros recentes, em dia também marcado pela divulgação de dados favoráveis à arrecadação do governo federal .
No final da tarde, a taxa DI (Depósito Interbancário) para janeiro de 2025 estava em 10,355%, ante 10,375% do reajuste anterior, enquanto a taxa DI para janeiro de 2026 estava em 10,655%, ante 10,696% do reajuste anterior. ajustamento.
A taxa para janeiro de 2027 foi de 11%, acima dos 11,058%, enquanto a taxa para janeiro de 2028 foi de 11,29%, acima dos 11,347%. O contrato para janeiro de 2031 marcou 11,68%, ante 11,753%.
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A sessão voltou a ser vazia no exterior, com os investidores à espera da divulgação, na quarta-feira, da ata da última reunião de política monetária da Reserva Federal, à procura de pistas sobre o futuro das taxas de juro nos EUA.
A queda dos rendimentos do Tesouro, apesar de contida, trouxe certo viés de baixa às taxas DI, bem como o movimento de realização de lucros por parte dos investidores, após três sessões de aumento dos prêmios no Brasil.
“(Alguns investidores) aproveitaram a abertura (da curva) que tivemos na semana passada e concretizaram alguma coisa”, comentou João Ferreira, sócio da One Investimentos, ao justificar a redução das taxas DI nesta terça-feira. “(O mercado) também acompanha um pouco lá fora”, acrescentou.
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No Brasil, os dados econômicos de maior destaque também foram favoráveis a certo alívio na curva futura: a receita real do governo federal aumentou 8,26% em abril em relação ao mesmo mês do ano anterior, para 228,873 bilhões de reais. Foi o quinto recorde mensal consecutivo. De janeiro a abril, a receita aumentou 8,33% em termos reais, para 886,642 bilhões de reais, também um recorde da série para os primeiros quatro meses.
Os números foram bem recebidos, mas estão longe de dissipar as preocupações com a área fiscal.
“(O resultado da arrecadação) não limita nem mitiga o risco fiscal que está na conta de todos. A parte mais longa da curva está muito dependente desse risco fiscal”, lembrou Ferreira.
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O alívio da curva desta terça foi observado principalmente entre os contratos a partir de janeiro de 2026. O pico de janeiro de 2025, por sua vez, apresentou queda mais modesta, refletindo a expectativa de que a taxa básica Selic, atualmente em 10,50% ao ano, possa ter encerrado seu ciclo de queda.
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Perto do fechamento, a precificação da curva a termo indicava 70% de chance de manutenção da taxa Selic em junho, contra 30% de probabilidade de corte de 25 pontos base. No dia 13 de maio, antes da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, a relação era de 47% para manutenção contra 53% para corte.
No exterior, além da expectativa pela divulgação da ata do Fed, os investidores estiveram atentos aos comentários das autoridades do banco central dos EUA sobre o futuro das taxas de juros.
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O rendimento do Tesouro a dez anos – uma referência global para decisões de investimento – caiu 2 pontos base, para 4,414%.