O Pix se tornou a forma de pagamento preferida dos consumidores no Brasil, fazendo com que o dinheiro e as transferências bancárias perdessem espaço, mas agora é hora de se tornar um favorito também entre os varejistas. O baixo custo deste método tem contribuído para a redução das despesas financeiras neste setor.
Fabricio Winter, consultor e sócio da Fábrica de Fintechs, explica que esse método começou a ser adotado aos poucos pelas grandes redes varejistas, mas agora elas acertaram nos mecanismos de conciliação de pagamentos e estão colhendo os frutos da aceitação do Pix.
“Para o varejista, é o método de pagamento mais barato. É ainda mais barato que dinheiro, pois não há custos de segurança. Por isso o lojista incentiva o uso do Pix, concedendo algum desconto”, explicou.
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Para receber pagamentos realizados com cartões de débito e crédito, o lojista precisa pagar uma taxa chamada MDR (taxa de desconto do comerciante) às credenciadoras, que são aquelas que fazem a ponte entre a bandeira do cartão e o emissor. e o estabelecimento comercial. O Pix, na prática, reduz esse gasto.
O Grupo SBF (SBFG3), controlador da rede de produtos esportivos Centauro, explica que o Pix proporciona um benefício duplo. Além desse menor gasto com credenciamento de empresas, a varejista também consegue aumentar a receita com aplicações.
“O PIX ajuda a reduzir custos operacionais (SG&A), pois não há taxas de adquirente, gateway e antifraude associadas a esse meio de pagamento. Contribui também para o aumento do rendimento financeiro, pois o recebimento imediato nos permite ter mais recursos disponíveis para investimentos, gerando assim mais rendimentos através dessas aplicações”, explica a empresa.
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Para incentivar o uso do Pix, a Centauro oferece desconto de 5% para quem optar por essa forma de pagamento, que tem sido mais relevante no e-commerce.
Esse efeito, e estímulo, também está presente na Revista (MGLU3). Os pagamentos à vista no varejo passaram de 29%, em 2022, para 34%, no ano passado, e 35% no primeiro trimestre deste ano. Esse aumento está relacionado à maior utilização do Pix.
Vanessa Rossini, diretora de Relações Exteriores, destaca que o Pix contribui para a redução de gastos com antecipação de recebíveis e, consequentemente, para melhor geração de caixa.
“No e-commerce, o Pix já ultrapassou os 30%. Cresceu muito ao longo do ano. Nossas despesas financeiras ficaram em 4,1% da receita (eram 7% no primeiro trimestre de 2023), mas cairão ainda mais. Essa queda deve acelerar e chegar mais perto de 3,5%”, disse, explicando que a forma de pagamento é uma das contribuições para essa queda.
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Nas Casas Bahia (BHIA3), que está em recuperação extrajudicial, o Pix também é visto como uma das ferramentas para redução de despesas financeiras. A ideia é incentivar o uso do Pix para reduzir despesas financeiras, principalmente com a antecipação de recebíveis.
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Na avaliação de Winter, da Fábrica de Fintechs, essa redução de custos significa que o Pix continua no caminho para ganhar mais espaço entre os varejistas. Esse movimento deverá se acentuar após a entrada em operação do Pix Garantido e melhorar a usabilidade do sistema instantâneo para pagamentos presenciais.
“A experiência com o Pix ainda não é tão fluida para o consumidor. A experiência do PDV [Ponto de Venda] Ainda é melhor no cartão close do que no Pix. No e-commerce, a experiência do Pix vence o boleto e vai evoluir ainda mais com a incorporação do Pix garantido”, avaliou.