A Dasa (DASA3) apresentou ontem seus resultados do primeiro trimestre de 2024, com números abaixo do esperado pelos analistas. Na mesma noite, a empresa anunciou um aporte antecipado de capital de R$ 1,5 bilhão pelo controlador, no segundo semestre de 2024. O anúncio é suficiente para compensar balanços considerados, na melhor das hipóteses, mornos pelos analistas?
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De acordo com a movimentação das ações da empresa, não. As ações caíram cerca de 4%, a R$ 3,35, no início do pregão desta quinta-feira. No ano, a queda é de 65,17%.
A operação provocará uma diluição de 37% do patrimônio da empresa e reduzirá em 16% a dívida líquida com contratos. Há também um efeito previsto na alavancagem, que seria reduzida em 0,7 vezes. O Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (AFAC) terá preço de ação baseado na média ponderada pelo volume de 60 pregões a partir de 1º de janeiro de 2025.
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Haverá uma opção de acompanhamento para os acionistas minoritários. Inicialmente, a capitalização ocorrerá em 2025, mas poderá ser antecipada caso a empresa consiga fechar acordo para redução da dívida líquida em pelo menos R$ 2,5 bilhões. Assim, o aporte de caixa até o final de 2024 seria de até R$ 4 bilhões.
A operação deverá melhorar a estrutura de capital da Dasa e aumentar a confiança do controlador na operação, segundo o Bradesco BBI. Mesmo assim, o rating do nome permanece neutro devido aos riscos de expansão de margem e alavancagem.
O Morgan Stanley considera o adiantamento para melhorar a posição da empresa até que a administração consiga levantar capital. Isto deverá acontecer, na visão do banco, através da venda de ativos.
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Resultados fracos a “mornos”
O Morgan Stanley considerou os dados tépidos, com desempenho operacional estagnado. Mesmo com crescimento (+5%), a receita líquida foi pressionada pelo desempenho internacional e pelo maior número de deduções. Na visão do banco, as deduções são um sintoma de maior pressão do próprio setor de saúde.
Os resultados do trimestre foram vistos como fracos pelo Bradesco BBI, com prejuízo muito superior ao projetado (R$ 162 milhões negativos contra -R$ 57 milhões projetados.
Além disso, a queda na margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla) se somou ao aumento da dívida líquida (+R$ 641 milhões na comparação trimestral, 4,2 vezes o Ebitda) como pontos negativos.
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Mesmo com receitas em linha com as estimativas do Itaú BBA, o Ebitda ficou bem abaixo do esperado e os dados foram vistos como fracos. O aumento da alavancagem para 4,20 vezes a dívida líquida sobre o Ebitda foi destaque negativo, principalmente pelo aumento sequencial de R$ 641 milhões na dívida.