(Reuters) – O Ibovespa fechou em alta nesta quarta-feira, atingindo 135 mil pontos no melhor momento, impulsionado pelo avanço de commodities como petróleo e minério de ferro no exterior e pela “elevação” da classificação de crédito do Brasil pela Moody’s.
Índice de referência da bolsa brasileira, o Ibovespa subiu 0,77%, para 133.514,94 pontos, tendo atingido 134.921,66 pontos na máxima (+1,83%) e 132.495,16 pontos na mínima do dia. O volume financeiro no pregão totalizou R$ 21,42 bilhões.
No final de terça-feira, a agência de classificação de risco Moody’s anunciou a elevação do rating soberano brasileiro para Ba1, mantendo a perspetiva positiva, afirmando que a atualização reflete melhorias materiais no crédito.
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Na visão da equipe da Ágora Investimentos, o movimento aumenta a chance de atrair mais fluxo estrangeiro para o mercado brasileiro, principalmente agora que o país está a apenas um passo da classificação “grau de investimento”.
A Moody’s destacou que o país tem tido um crescimento mais robusto do que o esperado e um histórico crescente de reformas que deram resiliência ao seu perfil de crédito, ainda que a credibilidade do quadro fiscal seja “moderada”.
Segundo o gerente de ações Daniel Utsch, da Nero Capital, os ratings da Moody’s e das outras duas grandes agências – S&P e Fitch – são relevantes, mas o mercado precisa ver uma melhoria fiscal que corresponda a essa elevação.
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Ele avalia que se o mercado estivesse observando um cenário fiscal mais construtivo e benéfico, a ação da Moody’s poderia ter surtido um efeito mais relevante. “Mas não acho que seja esse o caso”, disse ele.
Em Wall Street, o S&P 500 fechou praticamente estável, com os agentes refletindo os dados da economia norte-americana e atentos à tensão entre Israel e o Irão, enquanto aguardam os dados do mercado de trabalho dos EUA na sexta-feira.
DESTAQUES
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- A PETROBRAS PN (PETR4) avançou 1,38% e a PETROBRAS ON (PETR3) fechou em alta de 1,17%, apoiada no comportamento dos preços do petróleo no exterior, onde o barril do Brent subiu 0,46%, com agentes contrabalançando dados de estoques e tensão no Oriente Médio.
- VALE ON (VALE3) valorizou 0,55%, sem a referência dos preços do minério de ferro na China devido ao feriado naquele país, mas com o contrato de referência da commodity em Cingapura avançando 0,59%, ainda amparado pelos anúncios de estímulo à economia chinesa.
- O BRADESCO PN (BBDC4) saltou 3,59%, com relatório do UBS BB ainda no radar reiterando compra pelas ações, com analistas afirmando ver vários sinais de que o terceiro trimestre deve mostrar uma expansão considerável nos lucros. No setor, SANTANDER BRASIL UNIT (SANB11) encerrou com alta de 1,89%, BANCO DO BRASIL ON (BBAS3) com alta de 0,26% e ITAÚ UNIBANCO PN (ITUB4) com alta de 0,62%.
- CYRELA ON (CYRE3) avançou 4,51%, em dia positivo para o conjunto das construtoras após a queda dos juros futuros. O índice do setor imobiliário subiu 2,17%.
- VAMOS ON (VAMO3) caiu 6,66%, no segundo dia consecutivo de queda, ao retomar a tendência dos últimos dois meses, após o “respiro” de segunda-feira, quando reagiu positivamente à proposta de reorganização societária da empresa.
- BRAVA ENERGIA ON (BRAV3) caiu 2,28%, também entre as poucas quedas do dia. Os analistas do Citi atualizaram as premissas para refletir a nova estrutura, com ativos da Enauta e maior participação na 3R Offshore, mantendo a recomendação de compra, mas reduzindo o preço alvo de R$ 50 para R$ 40.
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