O impulso do Bradesco (BBDC3;BBDC4) continuará? Depois de as ações terem subido 26% em agosto, as opiniões dos analistas sobre o banco, que tem apresentado recuperação após vários resultados muito fracos, continuam positivas.
No início de agosto, segundo uma compilação feita pela LSEG junto das casas que cobrem as ações BBDC4 (mais líquidas), existiam apenas 2 recomendações de compra dos analistas, enquanto 11 recomendações eram neutras. No início de setembro, existiam 5 recomendações de compra e 7 recomendações neutras. Por mais que se mantenha a visão cautelosa, há um movimento mais positivo no mercado de ações, principalmente após os resultados do segundo trimestre de 2024, no início de agosto.
No mês passado, o Itaú BBA e o Goldman Sachs elevaram a recomendação de ações para equivalente a compra após balanço do banco.
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Para a equipe de análise do BBA, o Bradesco passou por um período desafiador em que perdeu participação de mercado em volumes de crédito, enquanto os últimos números divulgados confirmaram que as ações da gestão estão dando frutos em relação ao crescimento rentável da carteira de crédito. Para o segundo semestre de 2024, o BBA espera a continuação do crescimento dos lucros, fortalecendo a credibilidade da gestão. A equipe de análise levantou estimativas para o Bradesco pela primeira vez em anos.
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O Goldman Sachs destacou que os números foram melhores que o esperado, vê que a qualidade dos ativos é um vento favorável e a inflexão no NII (margem financeira) do cliente é um sinal positivo. Para os analistas, há uma recuperação cíclica e primeiros sinais de melhoria estrutural. “Acreditamos que o banco está no caminho certo para entregar ROE [retorno sobre o patrimônio líquido] pelo menos em linha com o seu custo de capital nos próximos trimestres, à medida que o crescimento dos empréstimos acelera, a margem de juros líquida (NIM) se expande e a qualidade dos ativos melhora”, avaliou Goldman.
O JPMorgan, por sua vez, reiterou no final de agosto recomendação equivalente à compra e elevou o preço-alvo de R$ 18 para R$ 20. No início do mês, logo após o resultado, o UBS BB também elevou o preço-alvo, mas de R$ 18 para R$ 19, mantendo recomendação de compra.
No início do mês, o JPMorgan se reuniu com a equipe de Relações com Investidores do Bradesco, André Carvalho e Eduardo Poterio. O JPMorgan avalia que continua a mensagem de que a melhora no ROE do Bradesco será gradual e agora impulsionada pela inflexão nas receitas, já que o custo do risco tem menos espaço para cair dos níveis atuais.
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“Embora as taxas de juros sejam importantes e a equipe de RI tenha sinalizado que está menos otimista em relação ao NII do mercado (o que não é uma surpresa), continua a observar uma recuperação no NII dos clientes. Notadamente, estão otimistas com a originação de novos empréstimos, principalmente para pessoas físicas – embora permaneçam cautelosos em alguns segmentos”, apontam os analistas.
A redução das despesas gerais e administrativas pode ser uma esperança para os próximos anos, à medida que o Bradesco continua a rever a sua exposição.
“Além disso, o Bradesco está realizando diversas iniciativas, incluindo parcerias (por exemplo, Atlântica e Rede D’Or, John Deere), investindo no digital e integrando novos executivos, o que deverá contribuir positivamente para os resultados”, apontam os analistas do Bradesco . JPMorgan, afirmando que continuam positivos em relação ao Bradesco.
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