Após o leilão de terminais portuários, realizado na última quarta-feira (21) na sede da B3, em São Paulo, o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho (Republicanos), declarou que o governo pretende propor um novo leilão para a concessão de um novo terminal de contêineres no Porto de Santos (STS10). Essa declaração acabou afetando uma ação da Bolsa de Valores, a Santos Brasil (STBP3), que caiu 6,57% (R$ 12,94) às 14h23 (horário de Brasília) desta quinta-feira (22).
Segundo Costa Filho, o governo já decidiu não prorrogar o contrato do Ecoporto com a Ecorodovias (ECOR3) e vai deixar a concessão expirar em dezembro. Depois disso, o ministro espera retomar as discussões sobre a construção do terminal STS10 na região de Saboó (atualmente sob concessão do Ecoporto).
A notícia segue a mesma linha da notícia recente de que o Tribunal de Contas da União (TCU) solicitou ao Ministério dos Portos e Aeroportos e à Autoridade Portuária de Santos (APS) a retomada da licitação STS-10 no prazo de 30 dias. Isso ocorreu após uma auditoria do processo licitatório.
A ordem do TCU exige a retomada imediata, a menos que haja justificativa fundamentada que comprove a viabilidade de outras soluções para a falta de capacidade de contêineres no porto. A proposta de revitalização do terminal recebeu apoio de diversas entidades ligadas aos proprietários de cargas conteinerizadas, bem como aos armadores.
O problema da falta de espaço para movimentação no porto de Santos tem gerado reclamações em diversos setores, como nas exportações de café e algodão. As transportadoras classificam a situação como estrutural, apontando atrasos nos investimentos para ampliação da capacidade do porto, o que aumentou os custos logísticos em todo o país.
A demanda por movimentação de contêineres em Santos apresentou crescimento significativo neste ano. Com a alta demanda e as altas taxas de ocupação dos terminais, incluindo o acidente no terminal BTP, que reduziu temporariamente sua capacidade até o mês passado, a discussão sobre a STS-10 ficou mais acalorada.
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A Levante Investimentos reconhece que o tema é complexo, com diferentes visões e argumentos dos vários atores envolvidos, cada um com interesses que podem ser diferentes.
Não é por acaso que, diante da demanda superando as expectativas e com o objetivo de atender ao crescimento esperado, a Santos Brasil anunciou recentemente a antecipação de investimentos na ampliação da capacidade do Tecon Santos para 3 milhões de TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) até 2026, em vez de 2031, aumentando a capacidade actual para 2,4 milhões de TEU.
Diante desse cenário, a Levante destaca que a chegada de um novo terminal poderia reduzir as taxas de ocupação dos terminais existentes e, consequentemente, impactar seus preços, o que poderia prejudicar os resultados da Santos Brasil.
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“Embora indicações do governo e do TCU quanto à continuidade do projeto possam
parece um sinal negativo para o Santos Brasil, eles não garantem que a licitação
ocorrerá conforme planejado”, aponta Levante.
Por outro lado, mesmo no cenário mais desfavorável para a Santos Brasil, com possível licitação em 2025, a mudança na ocupação do terminal não seria imediata.
Isto se deve ao extenso processo burocrático necessário antes do início da construção, que também levaria tempo para ser concluído e totalmente operacional. Portanto, a alta ocupação e os preços elevados devem persistir no curto prazo, permitindo à empresa manter uma posição favorável para negociar com os armadores durante o ciclo que se inicia em 2025 e se estende pelos próximos dois anos.
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Em suma, a equipa de analistas do Levante não prevê impactos significativos na dinâmica dos resultados no curto e médio prazo e, embora uma nova licitação represente um risco regulatório que deve ser monitorado, a condução deste processo enfrenta uma série de discussões complexas.
Enquanto isso, embora não esteja claro quanta capacidade o projeto STS10 pode agregar ao Porto de Santos, o Bradesco BBI avalia a notícia como negativa para a Santos Brasil.
No entanto, este leilão, juntamente com o potencial projeto Evolve, poderá causar um choque de capacidade no Porto de Santos e prejudicar o poder de precificação da Santos Brasil com as companhias marítimas.
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De acordo com um inquérito recente do BBI, a maioria dos investidores esperava pouca capacidade adicional e os anúncios de nova capacidade levariam a uma reacção negativa do mercado para a empresa (o que aconteceu).
O Itaú BBA também tem uma visão negativa do anúncio, pois provavelmente aumentará a percepção de risco dos investidores em relação à Santos Brasil, visto que o novo terminal poderá deteriorar o equilíbrio entre demanda e capacidade no Porto de Santos, especialmente se uma empresa de navegação como MSC ou Maersk vence a licitação.
Com base nisso, analistas do BBA acreditam que a Santos Brasil pode aproveitar esta oportunidade para se tornar mais agressiva em seus reajustes tarifários em 2025, e destacam que a anunciada redução de capital de R$ 1,6 bilhão (13% do valor de mercado) a ser paga no início de outubro proporciona proteção de avaliação para ações.
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Embora reconheça que pode haver maior volatilidade no curto prazo, o Itaú BBA mantém um rating equivalente a compra e preço-alvo de R$ 18, com base em uma taxa interna de retorno (TIR) de 26% sobre um investimento de 3 anos e um a Empresa (EV)/EBITDA de 7 vezes.
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