O dólar fechou a quarta-feira (21) próximo da estabilidade frente ao real, após alternar máximas e mínimas em diferentes momentos da sessão. O dia foi marcado pela revisão dos dados de emprego nos Estados Unidos e pela divulgação da ata da Reserva Federal.
Ambos os indicadores contribuíram para a visão de que o banco central dos Estados Unidos tem condições para iniciar o ciclo de queda das taxas. A dúvida que fica entre os investidores é sobre a intensidade do corte: 25 pontos-base ou 50 pontos-base em setembro.
Com isso, a cautela prevaleceu no final da sessão, e os participantes do mercado aguardam o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole, na sexta-feira (23), para obter mais informações.
Qual é a taxa de câmbio do dólar hoje?
O dólar comercial fechou com leve queda de 0,07%, a R$ 5,480 na compra e R$ 5,481 na venda. Na B3, o contrato futuro de dólar do primeiro mês (DOLc1) caiu 0,01%, a 5.486 pontos.
Na terça-feira, o dólar à vista fechou em alta de 1,34%, cotado a R$ 5,486. Em agosto, a moeda norte-americana acumulou queda de 3,07%.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5.480
- Venda: R$ 5.481
Dólar de turismo
- Compra: R$ 5.510
- Venda: R$ 5.690
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Em um dia de agenda vazia no Brasil, investidores se voltaram para o exterior nesta quarta-feira (21) em busca de indícios sobre a política monetária dos EUA.
Um relatório do Departamento do Trabalho dos EUA solidificou a expectativa de corte da taxa de juros pelo Federal Reserve em setembro, ao mostrar uma redução de 818 mil empregos, ou 0,5% menos do que o inicialmente relatado, nos dados de criação de empregos no país de abril de 2023 para Março de 2024.
A acta da última reunião de política monetária da Fed, em Julho, divulgada à tarde, mostrou que as autoridades estavam fortemente inclinadas para um corte nas taxas de juro na sua reunião de Setembro e que várias delas estariam mesmo dispostas a reduzir as taxas imediatamente.
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Neste cenário, os rendimentos do Tesouro caíram — especialmente entre os títulos de dois anos, que refletem a política monetária de curto prazo. O dólar também caiu face às moedas fortes e à maioria das moedas emergentes.
Às 17h10, o índice do dólar (DXY), que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis moedas, caía 0,19%, para 101,190.
No Brasil, porém, outros fatores deram algum suporte à moeda norte-americana frente ao real. À medida que os investidores reduzem as apostas de que o Banco Central aumentará a taxa básica Selic, atualmente em 10,50% ao ano, em setembro.
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Uma Selic não tão alta, em tese, reduz a pressão baixista sobre o dólar —que na quarta-feira já havia feito a moeda norte-americana subir mais de 1% frente ao real.
“Pela primeira vez temos redução integral dos juros no exterior. E a nossa questão é que ainda há dúvidas sobre qual será a postura do Banco Central em relação a isso”, comentou Matheus Massote, especialista em câmbio da One Investimentos, lembrando que, apesar dos movimentos recentes, o mercado continua precificando um aumento no Selic em setembro.
“O que poderia trazer uma mudança maior nos preços é se o Fed cortar 50 pontos-base em setembro, e não 25, ou se o BC realmente aumentar a Selic”, acrescentou Massote.
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Até lá, as atenções estarão voltadas para o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, no simpósio de Jackson Hole, na próxima sexta-feira (23), com os investidores buscando pistas sobre o tamanho do corte nas taxas de juros dos EUA.
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