O dólar registrou a segunda queda semanal consecutiva frente ao real, encerrando a sexta-feira (16) em baixa de 0,25%, em sessão marcada por perdas também no exterior e pelo aumento das apostas de que o Copom poderá elevar a Selic até setembro.
A semana marcou o crescimento do otimismo no exterior em relação à economia norte-americana, que apresentou dados fortes e indícios reduzidos de uma possível recessão. Como resultado, espera-se ainda que a Reserva Federal inicie cortes de juros, mas não com a intensidade anteriormente esperada.
Aqui, membros do Banco Central reiteraram declarações anteriores sobre a possibilidade de aumentar a taxa Selic “se necessário”, o que fez com que o mercado projetasse um ajuste em setembro, paralelo ao corte do Fed, o que aumentaria o diferencial de juros de forma positiva para a realidade.
Qual é a taxa de câmbio do dólar hoje?
O dólar comercial fechou em queda de 0,25%, a R$ 5,469 na compra e R$ 5,470 na venda. Na B3, o contrato futuro de dólar do primeiro mês (DOLc1) caiu 0,19%, a 5.479,50 pontos.
Na quinta, o dólar à vista fechou em alta de 0,28%, cotado a R$ 5,4842. Na semana, a moeda norte-americana acumulou queda de 0,87%, após cair 3,43% na semana anterior.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5.469
- Venda: R$ 5.470
Dólar de turismo
- Compra: R$ 5.493
- Venda: R$ 5.673
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O dólar à vista perdeu força frente ao real nesta sexta-feira (16), após fortes dados econômicos dos EUA eliminarem os temores de uma recessão no país. Os investidores reduziram as apostas de que a Reserva Federal seria forçada a adoptar uma flexibilização agressiva em Setembro.
Os intervenientes no mercado estão convencidos de que a Fed irá cortar as taxas em 18 de Setembro, mas estão a debater a dimensão da redução. As probabilidades atualmente são de 25% para um corte de 50 pontos base, abaixo dos 36% do dia anterior, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group.
O presidente da Reserva Federal de Chicago, Autan Goolsbee, disse na sexta-feira que a economia não mostra sinais de sobreaquecimento e que os responsáveis do banco central devem, portanto, ter cuidado ao manter uma política monetária restritiva por mais tempo do que o necessário.
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“Você não quer apertar mais do que o necessário”, disse Goolsbee em entrevista ao Rádio Pública Nacional. “E a razão pela qual você quer apertar é porque tem medo de que a economia esteja superaquecendo, e isso não me parece uma economia superaquecida.”
O cenário externo se alinha ao cenário local numa perspectiva positiva para a moeda brasileira. A rigidez das apostas na alta da Selic tem sido corroborada pelo tom mais duro adotado recentemente pelo diretor de Política Monetária do BC, Gabriel Galípolo.
Ele afirmou na semana passada que o conselho está disposto a fazer o que for necessário para perseguir a meta de inflação de 3%. Nesta sexta-feira, foi a vez de Campos Neto reforçar que a instituição busca cumprir a meta e que aumentará a taxa Selic “se necessário”.
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“O discurso hawkish (dura com a inflação) do BC, tanto de Galípolo quanto de Campos Neto, ajuda a queda do dólar”, disse Larissa Quaresma, analista da Empiricus Research. “Há uma questão de credibilidade nisso, o que ajuda (o movimento).”
No exterior, às 17h20, o índice do dólar (DXY), que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis moedas, caía 0,58%, aos 102.440 pontos.
(Com a Reuters)
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