Gilson Finkelsztain, presidente da B3 (B3SA3), admite que, desde o início do ano, mostrou-se cético quanto à retomada das ofertas públicas iniciais (IPO) na bolsa brasileira. Segundo ele, havia muita incerteza no cenário, e a incerteza, ele lembra, não combina com o mercado para ações. Embora reconheça que há mais clareza sobre os rumos da economia, tanto no Brasil quanto no exterior, o executivo acha difícil que a seca de IPOs, prestes a completar três anos, termine em 2024.
IPO: como funciona a estreia de uma empresa na Bolsa
“Acho que deveríamos ver uma retomada dos IPOs, provavelmente, no início do próximo ano”, disse Finkelsztain no podcast “Expert Talks CEO” da XP. Agora, ele acredita que há uma “certa estabilidade” em relação às taxas de juros no Brasil, pois não percebe um cenário de inflação descontrolada, ainda que a forma como o câmbio vem se movimentando inspire incertezas.
Continua após a publicidade
Leia mais:
“Hoje certamente temos de 50 a 100 empresas preparadas para o IPO. Empresas que, independentemente de terem entrado ou não no mercado, se profissionalizaram muito, montaram suas áreas de RI [relações com investidores] e se prepararam para o crescimento e bons negócios”, afirmou o presidente da B3. “Eles já conhecem o mercado de capitais”, acrescenta, referindo-se a outras operações realizadas pelas empresas, como emissões de debêntures e posteriores ofertas.
Finkelsztain destaca que os recordes de renda fixa estão criando um mercado de dívida local e também lembrou o recente acompanhamentos que gerou cerca de R$ 22 bilhões. “O mercado de capitais não está parado, […] é mais sofisticado”, afirma o executivo, referindo-se à crescente participação de ativos como BDRs, ETFs e fundos imobiliários no giro médio diário de negociação (ADTV).
Continua após a publicidade
Em relação ao mercado de ações, Finkelsztain afirma que os ativos estão muito baratos. Isso teria inclusive protegido a Bolsa brasileira do recente nervosismo que interrompeu as negociações na Ásia e contaminou o mercado acionário dos Estados Unidos.
Leia mais: O que acontece com os mercados? Os pontos que explicam a forte aversão global ao risco
“Pensava-se que o Brasil cairia duas vezes, mas foi o contrário. […] Acho que estamos perto de um nível de avaliaçãocom empresas tão baratas, que os investidores olham e veem que vale a pena comprá-las”, diz Finkelsztain. A própria ação da B3, segundo ele, “nunca esteve tão descontada em relação às bolsas globais”, o que justifica a empresa ter aumentado suas recompras.
Continua após a publicidade
Retorno dos listados no exterior
Finkelsztain diz que a B3 está conseguindo desmistificar a ideia de que é melhor listar ações nos Estados Unidos do que no Brasil. Ele usa como exemplo o retorno do Vitru (VTRU3), tecnologia educacional que trocou a Nasdaq pela Bolsa brasileira em junho passado e, desde então, dobrou sua liquidez.
“Ainda não chegamos ao ponto. Esperamos conseguir multiplicar por quatro a liquidez atual”, afirma o CEO. O executivo acrescenta que a Bolsa tem uma agenda para promover a liquidez do mercado. “É o grande mantra que a Bolsa tem que ter como investimento.”
Finkelsztain diz que listar no exterior é mais caro e destaca que, quando monitorada por analistas globais, a empresa é muitas vezes comparada a empresas do mesmo setor em outros países, com realidades diferentes das do Brasil. “Ainda há a desvantagem de não estar nos índices que boa parte dos investidores institucionais brasileiros compram”.
Continua após a publicidade
“Para uma empresa com uma ambição mais global, que tem grande parte dos seus negócios no estrangeiro, talvez faça sentido. Mas acho que é uma minoria”, acrescenta o CEO. O executivo diz que a B3 quer testar o voto plural ou “supervotação”, em que algumas ações dão maior poder de decisão do que outras. A prática é comum nos Estados Unidos e a B3 já possui mecanismos para testá-la também, diz Finkelsztain.
A B3 lançou esta semana uma versão ampliada do Ibovespa, o Ibovespa B3 BR+, com títulos da carteira do índice de referência mais BDRs de empresas brasileiras listadas no exterior. “Teremos muitos índices novos, inclusive índices que misturam empresas brasileiras e estrangeiras […] Será uma nova forma de aceder a vários mercados e criar vários portfólios diferentes”, afirmou o CEO.
Concorrência
O presidente da B3 voltou a dizer que considera legítimo o movimento de surgimento de concorrentes, como o que vem sendo feito pela CSD, pela ATG por meio da Mubadala e, mais recentemente, pela Bolsa do Rio. “Já temos concorrência com jogadores localidades em diversas atividades da B3. A concorrência que mais temo é a concorrência internacional”, afirma o executivo.
Continua após a publicidade
Leia mais: O B3 está pronto? Como analistas veem possível concorrência para a operadora da Bolsa
Finkelsztain questiona se os novos participantes têm uma visão de “muito longo” prazo para o país. “Tenho certeza de que a B3 estará aqui nos próximos 10, 20, 30 anos fazendo o que tem que fazer”, afirma.
O executivo, porém, não esconde a preocupação com a possibilidade de fragmentação afetar os volumes de negociação. “O México é um exemplo que forçou a entrada de uma nova bolsa e o volume caiu. Hoje esse mercado é 90% menor que o do Brasil”, explica.
Ameaça de apostas?
Questionado sobre como a Bolsa de Valores reagiu à concorrência de apostaso CEO foi assertivo. “Eu não vejo aposta como um investimento. […] Temos que realmente coibir esse tipo de coisa, porque não é regulamentado e pode enganar os investidores. É uma discussão constante com o nosso regulador que esta é uma questão que precisamos de abordar e, de alguma forma, afastar os investidores disto, porque isto tem sido muito prejudicial”.
Finkelsztain também explica que o lançamento de contratos futuros de criptomoedas e ETFs institucionaliza esse produto, trazendo-o para um ambiente regulamentado. “Sem julgar se a criptografia é boa ou ruim, é nosso trabalho trazer esses produtos e disponibilizá-los aos investidores.”
O CEO voltou a falar sobre a ideia de ampliar o horário de negociação dos contratos futuros de bitcoin na sessão estendida, entre 18h30 e 22h. A B3 também estuda implementar um pré-mercado para outros tipos de contratos, a partir das 7h.
“Se o investidor quiser operar nesse momento, precisamos fornecer essa alternativa para ele”, afirma o CEO.
emprestimo negativado porto alegre
o que significa maciça no inss
pedir emprestimo
qual banco faz empréstimo com desconto em folha
empréstimo 5 mil
baixar picpay
site para empréstimo
empréstimo no cartão de crédito simulação
empréstimo ame
simulação emprestimo bb
empréstimo banco pan para negativado
banco picpay
azul empréstimo
contratando agora
emprestimo consignado privado