O dólar à vista completou sua quinta sessão consecutiva de queda nesta segunda-feira (12), encerrando o dia abaixo de R$ 5,50. O movimento mantém a tendência da semana anterior, com a moeda operando em baixa em relação ao real, uma vez que os investidores permanecem cautelosos antes dos dados de inflação nos Estados Unidos e avaliam um aumento da taxa de juros no Brasil.
A moeda americana perdeu sustentação a R$ 5,50 e opera no menor nível em quase um mês, quando fechou a R$ 5,483 no dia 17 de julho. No exterior, o dólar valorizou-se frente a pares de moedas como o real, como o peso mexicano e o peso chileno.
Qual é a taxa de câmbio do dólar hoje?
O dólar comercial fechou em queda de 0,34%, a R$ 5,495 na compra e R$ 5,496 na venda. Na B3, o contrato futuro de dólar do primeiro mês (DOLc1) caiu 0,20%, a 5.512 pontos.
Na sexta-feira, o dólar à vista fechou o dia em queda de 1,05%, cotado a R$ 5,515. Nos últimos cinco dias úteis, o dólar acumulou queda de 4,23%.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5.495
- Venda: R$ 5.496
Dólar de turismo
- Compra: R$ 5.536
- Venda: R$ 5.716
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A semana passada foi marcada por forte volatilidade nos mercados globais, que se refletiu nos negócios no Brasil. Na última segunda-feira (5), o temor de que os EUA pudessem caminhar para uma recessão fez com que o dólar batesse R$ 5,86 durante o dia.
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Desde terça-feira (6), porém, novos dados sobre a economia norte-americana reduziram as expectativas de uma desaceleração iminente e fizeram os investidores retomarem a busca por ativos de maior risco, como ações e moedas de países emergentes, como o real, do peso chileno e o peso mexicano.
O enfraquecimento do iene frente ao dólar nas sessões anteriores foi outro fator apontado por profissionais de mercado que justificou o fortalecimento de moedas emergentes, como o real, nos últimos dias.
O movimento interrompeu o desmantelamento do transportar comércio que, nas últimas semanas, vinha penalizando as moedas emergentes. No carry trade, os investidores tomam empréstimos de países como o Japão, onde as taxas de juros são baixas, e reinvestem em países como o Brasil, onde as taxas de juros são mais altas. Ao desmantelar essas operações, o real estava sendo penalizado.
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Feriado no Japão deve ajudar o real nos próximos dias. O país oriental celebra o festival Obon de 13 a 16 de agosto, dando uma trégua ao desmantelamento das operações de “carry trade”.
Os investidores devem prestar atenção aos novos dados de inflação dos EUA e aos sinais internos sobre as taxas de juro.
Nos EUA, novos dados sobre a inflação ao consumidor estão no radar e como estes números deverão reflectir-se nos próximos passos da política monetária da Reserva Federal. Economistas consultados por Reuters esperamos que o índice acelere para 0,2% mensalmente, em comparação com uma queda de 0,1% no mês anterior. Em 12 meses, a projeção é de alta de 3%, mesmo valor registrado em junho.
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Aqui, os comentários do diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, foram acompanhados de perto. Galípolo disse em evento nesta segunda-feira que a possibilidade de aumento da taxa Selic está, sim, na mesa do Copom.
Após os comentários, a taxa de juros futura para janeiro de 2025 zerou as perdas do dia, com a curva apostando em chances ainda maiores de a Selic, hoje em 10,50% ao ano, subir de fato em setembro.
(Com a Reuters)
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