O balanço do segundo trimestre da Walt Disney Company trouxe um final feliz para seus acionistas: o negócio de mídia da empresa não é mais o vilão do resultado.
As ações da Disney caíram 24% nos últimos dois anos, em grande parte devido às perdas nos serviços de streaming, ao declínio da TV paga e a uma série de fracassos de bilheteria para os filmes da empresa, que dependiam fortemente dos lucros de parques temáticos e resorts.
Mas o resultado divulgado nesta quarta-feira (7) mostra que um novo ato pode ter começado. O negócio combinado de streaming da Disney (Disney+, Hulu e ESPN+) reportou lucro pela primeira vez em um trimestre.
O CEO da Disney, Bob Iger, disse na teleconferência de resultados que espera que o impulso para o negócio de mídia só aumente. “Você pode esperar que cresça consideravelmente no ano fiscal de 2025”, disse Iger sobre os serviços de streaming.
Assim como a Netflix, a Disney deve começar a combater o compartilhamento de senhas no streaming, que começará “decisivamente” em setembro. Segundo Iger, esta é uma ferramenta que ajudará a gerar novos assinantes e receitas adicionais para a empresa. Nos EUA, a Disney também aumentará os preços dos seus serviços de streaming em meados de outubro
Além disso, os filmes da Disney voltaram a fazer sucesso nos cinemas. “Divertida Mente 2” se tornou a animação mais assistida de todos os tempos no mundo – no Brasil, tornou-se o filme mais assistido, reunindo todos os gêneros, da história. Outro sucesso é “Deadpool & Wolverine”, que já arrecadou quase US$ 1 bilhão em duas semanas. Esses sucessos de bilheteria fizeram da Disney o primeiro estúdio em 2024 a ultrapassar US$ 3 bilhões em vendas de ingressos em todo o mundo.
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Iger listou uma série de títulos de filmes que a Disney ainda não lançou para enfatizar que esse valor de um bilhão de dólares poderia aumentar.
“Temos ‘Moana’, ‘Mufasa’, ‘Capitão América’, ‘Branca de Neve’, ‘Thunderbolts’, ‘Quarteto Fantástico’, ‘Zootopia’, ‘Avatar’, ‘Vingadores’, ‘Mandalorian’ e ‘Toy Story’ , só para citar alguns. Quando você pensa não apenas no potencial desses filmes nas bilheterias, mas também em seu potencial para impulsionar o valor do streaming global, acho que há motivos para ser otimista em relação ao nosso futuro.”
E a ironia é que a Disney viu uma “moderação na demanda do consumidor” para sua divisão de parques temáticos – o que fez com que as ações fechassem em baixa nesta quarta-feira. Mas a empresa não deve tirar o foco deles. A empresa disse no ano passado que planeja investir US$ 60 bilhões em seus parques temáticos e linhas de cruzeiro na próxima década.
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