Grupo Mateus (GMAT3) reflete seus resultados no segundo trimestre de 2024 (2T24), com lucro líquido de R$ 324,2 milhões, aumento de 11,8% em relação ao mesmo período de 2023. A ação da empresa de cash and carry subiu 1,84%, a R$ 7,21, por volta das 11h05 (horário de Brasília).
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) atingiu R$ 542,70 milhões entre os meses de abril e junho, um aumento de 7,30% em um ano.
A margem Ebitda foi de 7,10%, queda de 0,8 ponto percentual.
A receita líquida cresceu 18,8% em doze meses, para R$ 7,64 bilhões.
Em termos operacionais, a Genial avalia que não foi um bom trimestre, porém, a leitura do resultado não deve ser feita por meio de uma análise específica – “a direção é muito mais importante que a velocidade”.
Na perspectiva B2C, o trimestre confirmou uma dinâmica já esperada, com as principais verticais do grupo desacelerando tanto na visão anual quanto sequencial – o que a Genial acredita ser reflexo do fraco crescimento do volume de vendas aliado ao atraso no repasse de alimentos inflação no período.
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Em termos de rentabilidade, Genial comenta que a dinâmica de rentabilidade operacional esteve em linha com a anterior, a margem bruta impactada pela arrecadação de PIS/COFINS sobre subsídios para investimentos e a margem operacional pressionada pelo elevado crescimento das despesas relacionadas à forte expansão realizada nos últimos 12 meses.
Apesar disso, segundo a Genial, o Grupo Mateus tem aplicado com maestria três grandes estratégias para controlar o fluxo de caixa e a estrutura de capital da empresa: (i) reconhecimento do imposto de renda, com compensação de prejuízos fiscais acumulados e diferimento do IRPJ/CSLL; (ii) redirecionamento de Capex, reduzindo o valor investido em infraestrutura e tecnologia e dando maior peso a novas lojas e terrenos; e (iii) otimização do capital de giro, com rigoroso controle de estoques e melhores negociações com fornecedores.
A Genial reiterou recomendação de compra e preço-alvo de R$ 9 – o que representa potencial de alta de 27% em relação ao fechamento do último pregão.
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O Itaú BBA, por sua vez, avalia que o Grupo Mateus entregou rentabilidade acima das expectativas, com crescimento de receita de 19% na base anual. O ponto baixo do trimestre foi a desaceleração de 5,2 pp trimestralmente no crescimento das vendas mesmas lojas (SSS) na divisão atacado, para 2,0%, ponto a ser monitorado daqui em diante.
Pela positiva, o BBA destaca o sólido crescimento de 22% da receita no formato varejo, o que levou o banco a acreditar que as novas lojas da empresa estão amadurecendo rapidamente.
Em termos de rentabilidade, os efeitos adversos dos impostos PIS/COFINS sobre subsídios ao investimento reduziram a margem Ebitda para 6,3%.
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No geral, os resultados do 2T24 da empresa foram melhores que o esperado pelo BBA em termos de rentabilidade, e o banco espera que os investidores foquem na retomada do crescimento do SSS nos próximos trimestres. Com isso, o BBA mantém classificação de compra e preço alvo de R$ 10.
O Bradesco BBI vê os resultados do 2T24 como neutros a ligeiramente positivos para o Grupo Mateus (GMAT3). Os analistas destacam a margem bruta resiliente e estável do Grupo Mateus, bem como o bom controle das despesas gerais e administrativas.
O lucro líquido da empresa também superou as expectativas do BBI principalmente devido à baixa taxa efetiva de imposto – embora esta não seja a composição de melhor qualidade, na opinião do banco.
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Por enquanto, o BBI reiterou o rating neutro e o preço alvo de R$ 9,00, uma vez que não se espera que os números operacionais do 2T24 desencadeiem grandes revisões.
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