Cataratas
Vamos (VAMOS3)
A Vamos reportou lucro ajustado antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) no 2T24 de R$ 876 milhões (aumento anual de 32%), em linha com as expectativas de consenso.
Entre os principais destaques, segundo o Bradesco BBI: 1) R$ 98 milhões em despesas extraordinárias, R$ 19,3 milhões relativos às enchentes no Rio Grande do Sul e R$ 78,6 milhões em provisões para devedores duvidosos; 2) R$ 450 milhões em reapropriação de ativos; 3) taxa de aluguel mensal para novos contratos em 2,6% (estável na comparação anual e aumento de 0,1 pp, ou ponto percentual, no trimestre); e 4) retorno ajustado sobre o capital investido (RoIC) de 14,7%, 6,3 pp acima do custo de capital.
A XP destaca, em relação ao 2T24, observar a continuidade de fortes resultados de aluguel (Ebitda acima de 37% ao ano), embora com dois contratempos, sendo (a) resultados sequencialmente mais fracos das concessionárias, e (b) altos níveis de reintegração de posse de ativos arrendados ( ou seja, taxas de incumprimento esperadas mais elevadas).
Os analistas da casa atualizaram o modelo, alcançando um lucro líquido 13% maior em 2024 e números inalterados a partir de 2025 (pois estão reduzindo em 11% a estimativa de investimento líquido para 2024). A XP reiterou a compra das ações, assim como o BBI.
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O resultado foi impulsionado pelo desempenho do segmento de locação
O Itaú BBA avalia que a Vamos apresentou resultados alinhados para sua divisão de locação no 2T24, mas a desaceleração inesperada na recuperação do negócio de concessionárias levou a lucros ajustados abaixo das previsões e das expectativas do mercado em cerca de 10%.
“A empresa apresentou fundamentos sólidos no negócio de aluguel de caminhões, com ritmo constante de investimentos e retornos saudáveis em novos contratos, mantendo alavancagem estável. No entanto, acreditamos que as preocupações dos investidores em relação à rentabilidade das concessionárias, aos níveis de estoque de caminhões usados e à reintegração de posse de ativos podem pesar mais no pregão”, avaliou o banco anteriormente, o que realmente aconteceu.
Além disso, destaca que a empresa divulgou uma perda por redução ao valor recuperável de R$ 19 milhões e uma provisão extraordinária de R$ 79 milhões para devedores duvidosos no trimestre. O BBA também tem recomendação de compra, com preço alvo de R$ 11.
Iochpe Maxion (MYPK3)
O BBA destacou que os números gerais da Iochpe ficaram em linha com as expectativas, mas pontos não recorrentes geraram uma pequena frustração no lucro líquido. O desempenho da receita ficou estável em relação ao ano passado, mas a margem EBITDA, quando ajustada pelos efeitos extraordinários, surpreendeu positivamente. O banco reiterou recomendação neutra (desempenho em linha com a média do mercado) para MYPK3, com preço alvo de R$ 14 ao final de 2024, inclusive após teleconferência com o mercado.
Na tele, a administração da empresa destacou um cenário globalmente positivo pela frente, especialmente para veículos pesados nos Estados Unidos devido a um efeito pré-compra esperado em 2025. Porém, considerando as perspectivas negativas para a Europa e o curto prazo ainda negativo nos EUA, o banco manteve recomendação neutra.
A XP destacou que melhores volumes impulsionaram o aumento da receita líquida (+7% no trimestre), com desempenho positivo na América do Norte e veículos pesados nacionais compensando um cenário fraco na Europa. Após trimestres de recuperação gradual da rentabilidade, os analistas comemoraram a (tão esperada) conquista do nível de margem EBITDA de dois dígitos (10,7% no 2T24 vs. 9,6% no 2T23 e 8,9% no 1T24), refletindo principalmente a estabilização da matéria-prima preços dos materiais e alguns ganhos de produtividade. “Embora as variações cambiais e os efeitos não recorrentes possam ter ocultado melhorias adicionais nos resultados, vemos um cenário melhor sendo traçado para o 2S24, apoiado na melhoria da rentabilidade e na continuidade da recuperação da produção nacional de veículos pesados”, apontam os analistas da casa. .
Aura (AURA33)
A XP avalia que a Aura Minerals apresentou resultados neutros, com EBITDA ajustado de US$ 56 milhões, aumento trimestral de 6% e em linha com as expectativas da XP. Os analistas observam: (i) resultados decentes em San Andrés, refletindo maiores volumes de vendas (+3% em relação ao 1T24), e melhor desempenho de custos, apoiado por um melhor índice de strip e pelas iniciativas de controle de custos implementadas no ano passado e (ii) um sólido desempenho da Aranzazu (Ebitda +24% em relação ao 1T24), refletindo os preços mais elevados do ouro, parcialmente compensados por volumes ligeiramente inferiores. A XP reitera a perspectiva positiva para as ações da Aura, com os preços do ouro ainda em níveis sólidos e novos projetos uma fonte confiável de potencial extra de valorização para o futuro das ações.
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Para o BBA, os números foram neutros, com o Ebitda de US$ 56 milhões no 2T24 exatamente em linha com sua estimativa, um aumento de 6% em relação ao trimestre anterior e de 111% em relação ao ano anterior. O desempenho anual mais forte deveu-se principalmente a receitas mais elevadas, impulsionadas por envios mais elevados e preços realizados de ouro mais elevados, que compensaram custos mais elevados. A Aura manteve seu guidance de produção para 2024, com ponto médio 14% superior ao de 2023. A desvantagem foi a geração de fluxo de caixa livre, que foi de -US$ 22 milhões, impactada por maior rotatividade de necessidades de capital e US$ 29 milhões em dividendos/compra de ações, liderando a um ligeiro aumento da dívida líquida/EBITDA para 0,8x (de 0,7x no 1T24).
Altos
Tegma (TGMA3)
A Tegma reportou receita de R$ 584,9 milhões, um aumento de 27,9% ano a ano com um Ebitda de R$ 85,2 milhões, representando um sólido crescimento de 46,8%, impulsionado por ganhos de alavancagem operacional na divisão de Logística Automotiva, destacando-se a Levante Corp.
A empresa apresentou fortes resultados, com crescimento de receita devido à melhora nos volumes e consequente melhora na alavancagem operacional, segundo o BBA. O retorno sobre o capital investido (ROIC) atingiu 30% e a empresa anunciou o pagamento de dividendos significativos, o que representa um rendimento (retorno) de 5%. O banco segue com recomendação de “compra” para TGMA3 e reforçando o preço-alvo de R$ 33 ao final de 2024.
Para o Levante, a Tegma apresentou resultados sólidos, aproveitando a recuperação do mercado automotivo e registrando ganhos significativos de alavancagem operacional. “Acreditamos que a empresa continuará apresentando resultados cada vez mais fortes nos próximos trimestres, impulsionada pelo contínuo crescimento do mercado automotivo. Gostamos também do posicionamento da empresa no segmento de logística integrada, onde a empresa tem demonstrado boa dinâmica comercial e tem oportunidades interessantes de crescimento”, avalia a casa de análise, que também aprecia a “postura seletiva” da empresa neste segmento, priorizando uma abordagem rentável e sustentável. crescimento, fundamental neste mercado “Em suma, entendemos que a empresa, que possui um balanço sólido, é uma boa opção para se expor à recuperação da indústria automotiva, oferecendo aos acionistas boa geração de caixa e margem de segurança” , ele conclui.
Pague menos (PGMN3)
A Pague Menos reportou melhora nos resultados do segundo trimestre, destaca a XP, com a Extrafarma (EF) se beneficiando de ajustes operacionais e melhorando a rentabilidade devido à alavancagem operacional e ganhos de eficiência.
O BBI destaca que os números ficaram acima do esperado (com o Ebitda ajustado superando a estimativa em 4% e o lucro líquido ficando 39% acima do esperado, mas em grande parte devido às receitas financeiras, que incluíram ganhos em créditos fiscais). As vendas cresceram 12% na comparação anual, lideradas por fortes 10,3% nas vendas mesmas lojas (SSS) das lojas maduras e 38% nos canais digitais (avanço de 2,7 pp na comparação anual para 14,1% das vendas). A margem Ebitda melhorou 0,2 pp na base anual, para 5,3%, apesar dos menores ganhos com o aumento de preços da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
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“O principal destaque foi o ciclo de caixa, que melhorou oito dias na base anual, para 56 dias, ou 14 excluindo a normalização em curso dos recebíveis. A Pague Menos também revisou seu guidance de alavancagem de até 1,7 vezes a relação dívida líquida/EBITDA no 4T24 para 2,0 vezes, bem abaixo dos atuais 2,9 vezes do 2T24 (ajustados pela dívida de R$ 220 milhões da Extrafarma) e da nossa estimativa de 2,4. x para o 4T24”, aponta BBI.
O Itaú BBA avaliou que a Pague Menos reportou resultados “decentes”. A receita líquida ficou praticamente em linha com a sua estimativa, com um sólido crescimento de 12% na base anual, embora a rentabilidade não tenha atingido as expectativas tanto para a margem bruta quanto para a margem EBITDA (rentabilidade operacional). O lucro líquido, por sua vez, ficou 42% acima da projeção, impulsionado principalmente por resultados financeiros melhores que o esperado. Por enquanto, o banco mantém recomendação neutra (desempenho em linha com a média do mercado) para PGMN3, com preço alvo ao final de 2024 de R$ 4,20.
The post Vamos e Iochpe caem 9%, Tegma e Pague Menos saltam: reações extremas aos balanços apareceu primeiro no InfoMoney.
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