A Hypera (HYPE3) teve sessão de forte volatilidade após a divulgação dos resultados do segundo trimestre de 2024 (2T24) na noite da última quinta-feira (25). Na bolsa paulista, as ações da Hypera fecharam com salto de 5,77% nesta sexta-feira (26) pós-balanço, a R$ 29,51, atingindo as máximas do dia após a conferência de resultados. Mais cedo, as ações caíam 1,9%, ao atingirem a mínima do pregão, a R$ 27,38.
Os números entre abril e junho mostraram queda de 2,5% no lucro líquido das operações continuadas em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 491,8 milhões. Do ponto de vista contábil, o lucro líquido foi de R$ 492,5 milhões, perda de 2,3% na mesma comparação.
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Na visão geral do mercado, os resultados foram fracos, impactados negativamente por fatores sazonais e pela composição do portfólio, especialmente em relação aos produtos para dor e gripe. A margem bruta esteve pressionada devido ao mix de produtos e aos descontos necessários para manter o sell-out, ou venda ao consumidor final, em andamento. O Morgan Stanley destaca que, ao longo dos anos, a empresa conseguiu adquirir e construir “megamarcas” nessas áreas, que são mais voláteis devido à sazonalidade e aos padrões de circulação de vírus. Assim, um ponto forte da empresa tornou-se um ponto fraco.
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Contudo, a empresa conseguiu melhorar a geração de caixa e reduzir a alavancagem, o que é visto como um ponto positivo, na visão dos analistas de mercado.
Embora os resultados sejam desafiadores, há sinais de que a Hypera está no caminho certo para melhorar seu desempenho financeiro e operacional nos próximos trimestres, com perspectivas mais positivas no longo prazo, o que ajuda a impulsionar as ações após a abertura em baixa. De qualquer forma, há cautela por parte do mercado.
O JPMorgan, que tem recomendação de compra equivalente para HYPE3, está otimista com o desempenho da Hypera no segundo semestre de 2024, esperando uma recuperação devido a bases de comparação mais fáceis e ao aumento de lançamentos de novos produtos. Por outro lado, o Morgan Stanley, com recomendação equivalente a neutra, é mais cauteloso, destacando que a mudança no mix de produtos pode levar a novos níveis normais de margens brutas, mas acredita que a empresa pode voltar a acompanhar o sell-out do mercado no longo prazo.
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O Bradesco BBI também possui recomendação neutra para os ativos, baseada no limitado potencial de valorização de 22% do HYPE3 em relação ao preço-alvo de R$ 34 esperado para 2025, com potencial risco de queda na tributação dos benefícios fiscais de ICMS (impacto negativo de 23% sobre o lucro líquido no pior cenário).
Políticas mantidas
Em teleconferência de resultados, executivos da maior fabricante de medicamentos do Brasil sinalizaram nesta sexta-feira que a empresa deverá continuar com uma política de maiores descontos nos preços de medicamentos genéricos e similares no segundo semestre, diante de um cenário de concorrência mais prolongado do que o esperado. .
“Devemos continuar com um nível de desconto maior no segundo semestre”, disse o diretor de relações com investidores da empresa, Adalmario Satheler do Couto. “Estamos sendo mais agressivos em genéricos e similares, que têm uma política de descontos comerciais mais agressiva… para manter nossa participação de mercado ou até mesmo ganhar”, acrescentou.
Apesar do custo de manter a política mais agressiva por mais tempo do que o esperado, o presidente executivo, Breno de Oliveira, comentou que isso não deve gerar impactos relevantes na margem da empresa, já que as categorias genéricas representam 15% do portfólio de produtos Hypera, que incluem dipirona.
Segundo Oliveira, a temporada de gripe deste ano está impulsionando as vendas de medicamentos, com alta de 10% em julho ante cenário mais estável no primeiro semestre. Mas a empresa deve estender a estratégia de redução dos estoques de insumos do final deste ano até o início de 2025.
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Por outro lado, com a valorização do dólar frente ao real nos últimos meses, o impacto do câmbio nos custos deverá ser mais sentido no próximo ano, disse Couto, que mencionou que a Hypera projetava um preço de R$ 5,10 por dólar para este ano.
“Se o câmbio se mantiver neste patamar, teremos que ver qual será o reajuste” nos preços dos medicamentos no próximo ano”, afirmou. Às 12h05 desta sexta, o dólar estava cotado acima de R$ 5,65.
Questionado sobre o crescimento inorgânico, Oliveira afirmou que o cenário de queda dos juros, aliado a carteiras maduras de medicamentos que tendem a ser vendidos por farmacêuticas internacionais, “abre espaço” para a Hypera voltar a considerar aquisições de ativos. “Vemos muitas oportunidades de crescimento” em marcas fortes de balcão (que não exigem receita média), disse o executivo.
(com Reuters e ajuda de inteligência artificial. Edição: Lara Rizério)
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