As ações dos frigoríficos brasileiros fecharam em forte queda na véspera após o fluxo de notícias sobre o surto da doença de Newcastle no Brasil – BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3) caíram pelo menos 8%, enquanto JBS (JBSS3) teve queda 2% e Minerva (BEEF3) caiu 4%. Na sessão desta sexta (19), MRFG3 voltou a cair com força, em torno de 3%, enquanto JBSS3 e BEEF3 caíram cerca de 1% e BRFS3 teve leves ganhos.
Mas será que esta anulação é justificada? Mesmo reconhecendo que os riscos ainda estão presentes, o Bradesco BBI avalia que o movimento de queda das ações brasileiras de proteínas ontem pode ser exagerado, pois os principais riscos foram potencialmente reduzidos agora que há mais visibilidade sobre os embargos comerciais e que os sinais de outros potenciais casos são supostamente nulo até agora.
Se as restrições comerciais permanecerem como estão, o BBI vê o impacto na indústria avícola brasileira como limitado. Os embargos nacionais foram o ponto mais preocupante, dado que, por definição, os volumes excedentes teriam de ser empurrados para o mercado interno ou outros destinos de exportação, potencialmente prejudicando os preços.
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Mas a Argentina e a União Europeia representaram apenas 1,5% dos volumes de exportação de aves do Brasil no acumulado do ano. Caso esses volumes fossem consumidos internamente, estimamos que implicariam um incremento de oferta de apenas 0,7%, que acreditamos que deveria ser facilmente absorvido.
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Segundo o BBI, as implicações do embargo estadual do RS devem ser mitigadas, pois os volumes não exportados do estado podem ser redirecionados para o mercado interno, enquanto fábricas em outras regiões poderão preencher a lacuna nas exportações. Se transferido para o mercado interno, isso por sua vez representaria um incremento de oferta de aproximadamente 3%, mas, novamente, acreditamos que a aceleração das exportações de outros estados atenuaria isso.
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“O embargo local deverá ter consequências muito menos preocupantes, pois até outras unidades do estado poderiam compensá-lo”, acrescenta o BBI.
O BBI destaca ainda que a JBS (para quem tem recomendação superarou equivalente à compra, com preço-alvo de R$ 43) é sua ação preferencial no setor, pois sua diversificação deve continuar dando frutos, com espaço para revisões adicionais de lucros para cima por parte de Wall Street.
No caso da BRF, com recomendação neutra e preço alvo de R$ 22, o BBI ainda vê valorizações que tornam o risco-recompensa menos atrativo. Dado que a dinâmica dos lucros tem sido um factor importante na condução do desempenho do preço das suas acções, o banco acredita que qualquer possibilidade de um abrandamento poderá significar uma saliência mais significativa no curto prazo.
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O Itaú BBA destaca que as incertezas relacionadas à dinâmica das exportações de frango do Brasil podem comprometer a percepção de um momento sólido para a indústria de frango brasileira.
Na sua opinião, o BBA destaca que os embargos nacionais parecem ter um impacto limitado nas exportações consolidadas (3% das exportações brasileiras), sugerindo que a situação poderia ter sido pior. Levando em conta os embargos nacionais e regionais, os analistas estimam que aproximadamente 8% das exportações de frango do Brasil seriam afetadas.
Novos riscos relacionados ao fluxo de notícias sobre restrições às exportações deverão ter menor impacto na JBS, já que as perspectivas para a PPC, subsidiária de aves da empresa nos EUA, melhorariam com a imposição de mais restrições às exportações de frango do Brasil.
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O BBA também reitera sua preferência pela JBS, mas permanece à margem em relação à BRF por enquanto. Segundo o relatório, a plataforma diversificada da JBS deverá permitir à empresa navegar melhor nessas águas turbulentas, beneficiando-se de potenciais embargos nacionais no Brasil por meio do PPC.
Os analistas do Itaú BBA veem a atual exposição ao setor de frangos, tanto da Seara quanto da PPC, como uma proteção natural contra os diversos desfechos que possam surgir.
Em relação à BRF, o BBA acredita que a exposição concentrada à indústria brasileira de frango e o leque de possibilidades relacionadas à duração dos embargos não proporcionam uma assimetria clara neste momento. “Pode haver uma percepção de risco reduzido em relação à intensidade dos embargos, mas permanecemos à margem enquanto decorrem investigações adicionais sobre a doença”, acrescenta.
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Na visão do BTG Pactual, o fato de as expectativas de mercado embutidas nos preços das ações dos players do setor avícola serem tão otimistas teve impacto nos ativos, já que a relação risco/retorno não pareceria suficientemente favorável com o fluxo de notícias desde ontem. “Mesmo os menores desafios provocam grandes reações negativas”, avalia a equipe de análise.
Além disso, é importante notar que num cenário em que a produção nacional seja hipoteticamente afetada por um surto generalizado, isso poderia levar a uma redução na produção avícola. Aproximadamente 65% da carne de frango produzida no Brasil vem da região Sul do país. “Nesse sentido, a reação pode ser vista como um tanto exagerada. Somos neutros em relação à BRF e preferimos atuar no setor via JBS pela diversificação”, afirma o banco.
A Goldman Sachs, por sua vez, acredita que a maioria dos riscos já está precificada,
enquanto a situação ainda persiste, com revisões dos acordos comerciais.
A equipe de research do banco americano aponta para uma queda potencial de 5,3% na estimativa do Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização em 2024) da BRF, caso os principais importadores, como China e México, suspendam completamente as importações brasileiras (enquanto todos os outros mercados proíbem completamente as importações provenientes apenas do estado do Rio Grande do Sul) por 3 meses.
O Goldman Sachs mantém recomendação neutra para a BRF, com preços-alvo em 12 meses de R$ 19,5 para as ações e US$ 3,60 para ADRs, com base na avaliação da soma das partes.
O JPMorgan comenta que a Doença de Newcastle poderá impactar negativamente a BRF, com recomendação de compra, e a Seara, da JBS, com rating neutro.
Analistas do JPMorgan comentam que diversas questões ficam sem resposta, mas o simples fato de detectar ND representa riscos às exportações. Destacam que não se sabe como os países importadores reagirão à detecção da DN e se serão impostas proibições de importação (localizadas no município, estado ou país) e quanto tempo poderão durar, bem como não se sabe se a patogenicidade os níveis excederão o limite de 0,7 estabelecido pela Organização Mundial de Saúde Animal.
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