Até terça-feira (16) desta semana, o Ibovespa vinha em forte sequência de valorizações, se recuperando do primeiro semestre negativo – e conseguiu corrigir onze altas consecutivas. Após leve queda ontem, esta quinta-feira (18), porém, foi um dia marcado por uma conquista mais forte, com queda considerável de 1,40%.
Dessa forma, os investidores, de olho na questão fiscal brasileira e nas eleições americanas, aproveitaram para colocar no bolso os lucros recentes, levando a uma desvalorização considerável do índice e do real. O dólar saltou quase 2%, chegando a R$ 5,58.
De forma geral, os especialistas mencionam que é uma conquista que pode até ser considerada “normal”. “Depois de uma alta de mais de 8% nos últimos 22 pregões, vejo como natural um recuo. Acho até um pouco exagerado para um único dia, mas o mercado ‘quando você sobe é a escada e quando você desce geralmente é o elevador’”, afirma Anderson Silva, especialista de mercado da GT Capital.
Continua após a publicidade
De qualquer forma, não faltaram gatilhos para esse colapso do Ibovespa nesta quinta-feira, como veremos a seguir:
Cenário interno volta a gerar desconfiança
Em primeiro lugar, no plano interno, a desconfiança do mercado em relação à política fiscal e monetária do Governo Federal tem aumentado – novamente.
Depois de um junho marcado por declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra o Banco Central e contra a necessidade de maior controle das contas públicas, em julho tanto ele quanto membros do governo colocaram um “cobertor quente” nas polêmicas.
Continua após a publicidade
As negociações foram interrompidas no sétimo mês do ano e o executivo chegou a sinalizar cortes de gastos.
Porém, esta segunda-feira, em entrevista ao Registro, o presidente Lula mais uma vez fez algumas declarações que não entusiasmaram os investidores. O que provavelmente mais repercutiu foi que, nas suas palavras, “ele precisa estar convencido de que é preciso cortar despesas”.
Embora o governo tenha passado a quarta-feira tentando suavizar as declarações, alguns impactos permanecem.
Continua após a publicidade
“Com o passar do tempo, fica mais difícil vermos o que é ruído e o que é sinal. Os discursos de Lula, na verdade, não movimentaram o a priori, o que o mercado espera daqui para frente. Mas acho que o Ibovespa tem precificado muito o barulho”, afirma Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos.
Além da questão fiscal, ele menciona que os acontecimentos voltam a “despertar” outras preocupações — como a de que o Banco Central possa ter, após o término do mandato do atual presidente Roberto Campos Neto (previsto para o final do ano), um nome mais heterodoxo.
Para Anderson Silva, da GT Capital, a questão fiscal é a mais importante a ser acompanhada no futuro próximo, e que provavelmente ditará o desempenho do Ibovespa e do câmbio.
Continua após a publicidade
“Parecia que o governo havia alinhado o discurso sobre corte de despesas, mas nesta entrevista recente Lula disse que terá que ser convencido. Na minha opinião, isto não correu bem. Sinalizou mais uma vez indecisão para o mercado”, debate.
Ao final das contas, o Governo anunciou que fará uma redução orçamentária de R$ 15 bilhões para cumprir o quadro fiscal. Porém, o pregão já havia encerrado.
“Um valor abaixo de R$ 15 bilhões pode significar frustração e confirmação dos temores do mercado, que estimam a necessidade de contingências próximas de R$ 30 bilhões para atingir a meta de déficit primário zero”, aponta Alexsandro Nishimura, economista da Nomos.
Continua após a publicidade
Os Estados Unidos também ficam incertos para o Ibovespa
Além das incertezas no cenário doméstico, nos Estados Unidos, maior economia do mundo, também surgiram alguns questionamentos.
Hoje, por exemplo, foi noticiado que o atual presidente dos Estados Unidos e principal candidato democrata à corrida presidencial deste ano poderá abandonar a disputa pela Casa Branca. De acordo com Washington PostO ex-presidente Barack Obama, um dos membros mais influentes do Partido Democrata, teria dito aos aliados que as chances de vitória de Biden diminuíram muito e que ele precisa avaliar seriamente a sua viabilidade como candidato.
Obviamente, movimentos de quem possivelmente ocupará o cargo de presidente do país acabam alterando as expectativas do mercado e gerando cautela.
O VIX, considerado o “índice do medo”, subiu hoje 10%, uma vez que os investidores provavelmente estabeleceram posições defensivas para as suas carteiras. Lá, os índices também caíram acentuadamente. Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq tiveram quedas, respectivamente, de 1,29%, 0,78% e 0,70%.
Além da questão política, a economia norte-americana parece dar sinais de desaceleração — hoje ilustrada pelo maior número de pedidos de seguro-desemprego.
Isso, apesar de abrir espaço para o Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA) cortar os juros, acaba impactando as ações devido às projeções de lucros.
Assim, segundo os especialistas, isto explica o facto de o Dow Jones, o índice mais ligado à “economia real”, ter caído mais do que os restantes, que têm maiores participações em empresas tecnológicas e em crescimento.
emprestimo negativado porto alegre
o que significa maciça no inss
pedir emprestimo
qual banco faz empréstimo com desconto em folha
empréstimo 5 mil
baixar picpay
site para empréstimo
empréstimo no cartão de crédito simulação
empréstimo ame
simulação emprestimo bb
empréstimo banco pan para negativado
banco picpay
azul empréstimo
contratando agora
emprestimo consignado privado