O governo de São Paulo anunciou na última sexta-feira (12) a revogação do
concessão da Linha 15-Prata do Metrô, conquistada pelo grupo CCR (CCRO3) em licitação. A CCR confirmou a decisão e declarou que não contestará a revogação.
Única participante de uma licitação ocorrida entre 2017 e 2019, a
Grupo CCR obteve o direito de operar a linha por 20 anos, pagando outorga de R$
160 milhões. Porém, a linha virou alvo de disputa judicial após vencer o leilão.
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Em 2019, o juiz Kenichi Koyama aceitou o argumento do Sindicato dos Trabalhadores do Metrô,
que afirmou que o processo licitatório foi concebido para favorecer apenas um
grupo e suspendeu o leilão. No final de 2022, esta decisão foi revogada,
permitindo que a concessionária assumisse a linha, o que acabou não acontecendo.
Agora, tanto a gestão governamental de SP quanto o Grupo CCR anunciaram a desistência de prosseguir com a disputa, encerrando o caso.
A Linha 15-Prata do Metrô de São Paulo é o único monotrilho do sistema e liga o
Estações Vila Prudente e Jardim Colonial, na zona leste da capital. Esta linha facilita
ligação desta região à Linha Verde, proporcionando acesso a zonas mais centrais
da cidade.
O Bradesco BBI comenta que não incluiu a Linha 15 em seu preço alvo do CCR (a recomendação do banco para o CCRO3 é de compra, com preço alvo de R$ 18,00), portanto não espera impacto material na empresa. “O governador Tarcísio de Freitas não informou se o governo do estado realizará novo leilão”, acrescenta o banco.
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A Levante Investimentos, por sua vez, avalia que a decisão não deve afetar os resultados operacionais reportados pela divisão Mobilidade, que atualmente inclui a operação das Linhas 4-Amarela, 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda na cidade de São Paulo .
Por outro lado, segundo o Levante, a desistência do grupo da concessão da linha e a subestimação dos custos e desafios evidenciam que a participação neste leilão não teve o sucesso que se esperava.
Contudo, os analistas da Levante afirmam que isso não afeta a confiança na tese da CCR. Destacam que, após a mudança na gestão, a empresa implementou importantes mudanças estratégicas. “A administração tem enfatizado sua dedicação à alocação assertiva de capital, o que tem sido evidenciado pela postura mais conservadora da companhia nos últimos leilões e pela execução de capex em 2023”, diz o relatório.
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A Levante ainda espera que a empresa continue a gerar resultados positivos no futuro, aproveitando o crescimento contínuo do tráfego, mesmo que em um dígito inferior, bem como capturando receitas adicionais e amadurecendo as concessões existentes.
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