O ano de 2024 tem sido conturbado para (VIVA3), cuja participação cai mais de 30% em 2024. O pico dos dias mais movimentados ocorreu em março quando, no dia 15, o fundador Nelson Kaufman voltou a assumir a presidência da empresa e com um discurso sobre a internacionalização da joalheria, mas também trazendo consigo temores sobre a governança corporativa, já que sua nomeação gerou conflitos dentro do conselho da empresa e não foi unânime. Dez dias depois, Kaufman renunciou, com Otavio Lyra assumindo o cargo, enquanto Kaufman tornou-se presidente do Conselho.
Quatro meses após o incidente, a XP participou de uma reunião com Kaufman e Icaro Borello, COO (Chief Operating Officer, ou diretor de operações), para ter uma atualização geral sobre o negócio, após as recentes mudanças de gestão e o que esperar para a empresa .
A empresa forneceu mais detalhes sobre os principais pilares estratégicos, com principais destaques: (i) aumento das vendas a serem entregues através de melhor alocação de estoque; (ii) a maior parte dos ajustes na estrutura societária foram concluídos; (iii) o novo layout da loja foi projetado para melhorar a produtividade da loja; e (iv) a internacionalização ainda está no início, com um piloto previsto para o 4º trimestre.
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Os principais destaques da conversa dos executivos com a XP foram:
i) Crescimento das vendas devido à menor taxa de ruptura: Um dos principais focos da empresa é reduzir as taxas de ruptura através de uma melhor alocação de estoque em toda a frota de lojas. “Apesar de ainda recentes, os resultados já começam a aparecer com as vendas acelerando sequencialmente”, reforçou a XP, destacando a afirmação do fundador de que a empresa está vigilante na alocação de capital, equilibrando vendas incrementais e níveis de ROIC (Retorno sobre o Capital Investido).
ii) Redução de despesas gerais e administrativas a verificar: A empresa mapeou as eficiências da estrutura corporativa, sendo a maior parte já concluída no 2º trimestre, sendo esperados ganhos de eficiência estrutural no futuro, bem como impactos específicos no curto prazo.
iii) Novo layout de loja: O foco é melhorar a experiência do consumidor e a produtividade da loja. “Nesse sentido, a iniciativa deve ser implementada de forma lenta, sem grandes impactos nos níveis de investimento de capital no curto prazo.
iv) Expansão internacional: A empresa continua construtiva com expansão internacional, principalmente na América Latina, embora este não seja o foco por enquanto. No entanto, está prevista a abertura de uma loja no 4º trimestre no Panamá como projeto piloto.
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Para a XP, que recentemente reiterou recomendação de compra para a rede joalheira, os fundamentos continuam sólidos. “Embora o retorno de Kaufman traga mudanças para a empresa, acreditamos que o negócio permanece sólido, enquanto as iniciativas em andamento devem impactar positivamente os resultados. Além disso, destacamos que possui forte experiência no ramo de joias, principalmente na marca Vivara, que vinha apresentando desaceleração nas vendas. Quanto à governança, acreditamos que a empresa está trabalhando para melhorá-la e atender às preocupações dos investidores”, avalia.
Analistas apontam que observaram que a empresa está preocupada em como melhorar a comunicação após os últimos acontecimentos. “Em suma, a reunião reforçou a nossa visão de que não devemos ver grandes mudanças estratégicas na empresa, enquanto as iniciativas recentes devem gerar resultados a curto prazo”, concluíram.
Vale destacar que, embora a XP tenha reiterado uma visão positiva para a empresa, o Itaú BBA decidiu colocar as ações da VIVA3 em revisão no início do mês, esperando maior visibilidade para a empresa.
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“Devido às recentes mudanças significativas na gestão da Vivara, optamos por aguardar mais visibilidade sobre a situação operacional da empresa e reavaliar nossa opinião. Por conta disso, optamos por colocar em revisão a recomendação VIVA3”, aponta o banco.
No entanto, os analistas do BBA sublinham que continuam a “acreditar que Vivara é uma das histórias mais originais na nossa cobertura do sector do retalho e consumo”.
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