As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) subiram mais de 2% na sessão apesar da queda do petróleo, depois que a estatal elevou o preço médio da gasolina vendida às distribuidoras em cerca de 7%, para R$ 3,01 por litro, a partir de terça-feira. , em seu primeiro ajuste de combustíveis fósseis desde outubro, informou a empresa em comunicado na segunda-feira.
Para o óleo diesel, porém, a empresa não anunciou reajustes nesta segunda. O último reajuste da gasolina havia ocorrido em outubro do ano passado, quando houve redução. O último aumento foi em agosto do ano passado, segundo dados da empresa.
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A estatal também elevou o preço médio do gás liquefeito de petróleo (GLP), o chamado gás de cozinha, em R$ 3,10 por litro, para R$ 34,70 o botijão de 13kg (+9,8%). Às 15h25 (horário de Brasília), os ativos PETR3 e PETR4 subiam ambos 2,53%, a R$ 41,30 e R$ 38,47 respectivamente, com ganhos sendo reforçados no final da manhã, logo após o anúncio do reajuste.
Na opinião do Morgan Stanley, a nova gestão inicia o seu mandato com o pé direito em termos de estratégia de preços.
“O novo CEO [Magda Chambriard] transmitiu a mensagem transmitida na sua primeira interação com analistas de investimentos, na qual foi reafirmada a estratégia de preços dos combustíveis. Acreditamos que este foi um movimento importante, que agrega credibilidade à continuidade de outras políticas importantes, como distribuição de dividendos e padrões de governança corporativa, ainda que um aumento já fosse esperado há muito tempo, em nossa opinião”, aponta o Morgan Stanley.
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De acordo com as estimativas do Morgan, o anúncio de hoje reduz a diferença entre a gasolina e a paridade de importação de cerca de 14% para 7,5%.
“Embora tivéssemos preferido ver a lacuna completamente fechada, reconhecemos que os movimentos cambiais recentes têm sido muito voláteis e entendemos por que a Petrobras optou por ser prudente com os aumentos de preços. Nas próximas semanas/meses, esperamos que o governo também resolva o preço do diesel, que continua sendo negociado cerca de 14% abaixo da paridade de importação, segundo nossas estimativas”, avalia Morgan, que tem recomendação equivalente a neutra (peso igualou desempenho alinhado com o mercado).
Para o Itaú BBA, que tem recomendação equivalente (neutra), o ajuste de hoje reafirma o compromisso da Petrobras em executar sua estratégia comercial, evitando repassar volatilidade ao consumidor.
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A Goldman Sachs reitera que esta é a primeira vez que a nova gestão (que assumiu recentemente) ajusta os preços dos combustíveis. “Por um lado, continuamos a ver preços da gasolina abaixo da paridade internacional e com margens crack spread – a diferença de preço entre um barril de petróleo bruto e um barril de combustível, um indicador de margens brutas – negativas.
“Por outro lado, acreditamos que as notícias de hoje podem reduzir, pelo menos parcialmente, as preocupações dos investidores relativamente a uma potencial intervenção política na política de preços após a recente mudança de CEO. Lembramos que a nova CEO da Petrobras reconheceu na semana passada sua intenção de manter a atual política de preços de combustíveis da empresa”, avalia Goldman, que tem recomendação de compra para as ações.
(com Reuters)
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