Um dia após atingir novo recorde, o dólar comercial opera com forte queda frente ao real nesta quarta-feira (3), em meio às expectativas para a reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os ministros da área econômica para discutir a taxa de câmbio e da situação fiscal, enquanto no exterior o dólar também sustenta quedas em relação à maioria das outras moedas.
Além disso, segundo Marcio Riauba, gerente da Mesa de Operações da StoneX, os dados positivos do PMI de serviços aqui contribuem para a queda da moeda americana.
Na véspera, em meio a rumores de que o Banco Central estaria consultando tesourarias dos bancos sobre uma possível intervenção no câmbio, o dólar à vista encerrou a sessão com alta de 0,22%, cotado a R$ 5,6665 na venda, maior valor de fechamento desde 10 de janeiro de 2022.
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Qual é a taxa de câmbio do dólar hoje?
Às 10h38, o dólar comercial caía 1,20%, a R$ 5,597 na compra e R$ 5,598 na venda. Na B3, o contrato futuro de dólar para agosto opera com queda de 1,75%, a 5,597 pontos.
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Nesta sessão, o Banco Central irá leiloar até 12 mil contratos de swap cambial tradicional com o objetivo de rolar o vencimento de 2 de setembro de 2024. Por enquanto, nenhuma operação extra foi anunciada pelo BC para esta quarta-feira.
Dólar comercial
- Compra: R$ 5.597
- Venda: R$ 5.598
Dólar de turismo
Nos últimos dias, o dólar subiu acentuadamente em relação ao real devido à incerteza dos agentes de mercado em relação à trajetória fiscal do Brasil. A preocupação é com o risco desse movimento repercutir na economia real, encarecendo os produtos e levando o Banco Central a precisar aumentar a taxa Selic, atualmente em 10,50% ao ano, para conter a inflação.
Em meio à pressão altista do dólar, Lula se reunirá às 16h30 com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad; e Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, entre outros. Na terça, Lula já havia anunciado esta reunião que tratará do câmbio. Segundo ele, o governo fará “alguma coisa”.
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Por conta da fala de Lula, na véspera o mercado cogitou a possibilidade de o governo alterar a dinâmica do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas negociações com a moeda norte-americana —algo que já foi feito no passado—, mas Haddad negou a possibilidade.
Enquanto aguarda os desdobramentos da reunião da tarde, o mercado acompanhará as novas falas do presidente Lula, às 11h e às 15h, em eventos do Plano Safra. A percepção é que quanto menos Lula abordar a questão cambial ou o trabalho do Banco Central, melhor para os preços.
Isso porque os constantes ataques de Lula ao presidente do BC, Roberto Campos Neto, e ao nível da taxa Selic, atualmente em 10,50%, têm gerado ainda mais pressão sobre o câmbio e os mercados de juros futuros, dizem analistas.
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Entretanto, nos EUA, o inquérito da ADP apontava para a criação de 150 mil empregos no sector privado, abaixo dos 160 mil previstos pelo consenso da Reuters.
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