Depois de quase um ano e meio de El Niño, chega agora a vez da sua “contraparte”: La Niña. O fenómeno meteorológico “menino”, segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (EU CONHECI), impacta cinco regiões do Brasil desde junho de 2023. No boletim de junho, o IMET destacou que o fenômeno já estava em condições neutras.
La Niña, porém, teria 69% de probabilidade de formação a partir do segundo semestre (julho em diante), segundo projeções ampliadas do Instituto Internacional de Pesquisa para o Clima e a Sociedade (IRI). Na prática, desde 2023, regiões como Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste apresentam precipitações próximas ou abaixo da média devido ao El Niño, segundo o IMET. La Niña teria o efeito contrário, garantindo o deslocamento das chuvas para as regiões anteriores e trazendo seca para o Sul e Sudeste.
“La Niña está correlacionado com o clima quente e seco na América do Norte (centro-oeste dos EUA), Leste Asiático (China) e áreas da América do Sul (Argentina e partes do Brasil) durante a estação de cultivo”, disse ele. Meteorologista da Maxar, Chris Hyde Reuters.
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Impacto nas ações da bolsa de valores
A chegada do La Niña traria más notícias para alguns nomes do setor agrícola, como 3tentos (TTEN3) e Raízen (RAIZ4), segundo análise da XP. Para outros nomes, como SLC Agrícola (SLCE3), o fenômeno climático pode ser positivo, na visão do Itaú BBA. No setor elétrico, porém, as notícias seriam neutras para alguns segmentos e muito positivas para outros.
Na frente de transmissão não haveria impacto, segundo Arlindo Souza, analista de energia da Levante Inside Corp. O mesmo pode ser dito da distribuição, cujo efeito o analista considera “quase neutro”.
Para as geradoras de energia, porém, a ausência de chuvas poderá elevar os preços aos níveis esperados pelos analistas. Esta seria uma informação positiva para Engie (EGIE3), AES (AESB3), Auren (AURE3), Copel (CPLE6) mas, em particular, para Eletrobras (ELET3).
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O superciclo de preços baixos de energia elétrica estaria chegando ao fim e, portanto, a empresa se beneficiaria com valores mais elevados. Devido ao El Niño, a demanda por energia acelerou com o aumento das temperaturas.
“Em relação aos preços da eletricidade, os efeitos de um La Niña são ainda mais incertos, já que seus impactos nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, onde há maior capacidade de armazenamento, não são tão claros. De qualquer forma, a irregularidade das chuvas nessas regiões neste período úmido, ainda reflexo do El Niño, tende a pressionar os preços da energia ao longo de 2024”, analisa o Bradesco, a respeito da anomalia climática.
Matriz energética dependente de hidrelétricas
O impacto causado pelos fenômenos no setor está diretamente ligado às características da energia brasileira. “A matriz energética brasileira está muito exposta à energia hidráulica”, explica Souza. O pesquisador do Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA), Felipe Barcellos, concorda e destaca que esse fator faz com que as mudanças climáticas de longo ou curto prazo (no caso do La Niña) tenham forte impacto.
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Barcellos lembra que em 2002, 83% da energia do Brasil veio de fontes hidráulicas. “O que, de certa forma, foi bom porque era energia renovável. Mas deu ao sistema alguma vulnerabilidade porque não havia diversidade de fontes. Então, se acontecesse uma grande seca, o Brasil estaria em apuros”, afirma.
Desde então, as fontes se diversificaram e, hoje em dia, há mais infraestrutura em energia solar, energia eólica, mas também houve um aumento de termelétricas a combustível fóssil (gás natural).
Uso de termelétricas pode aumentar
Enquanto isso, as termelétricas podem entrar em ação em caso de escassez de energia proveniente de fontes renováveis.
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“Então, em tempos de seca, temos que aumentar a geração de gás natural, por exemplo, e isso encarece a energia para o consumidor final. Para quem vende essa energia, para o produtor de energia termelétrica, torna-se um cenário favorável para o que vai vender mais”, afirma.
Em análise de preços de energia elétrica, o Bradesco BBI destacou que, num cenário de maior utilização de energia termelétrica, a Eneva (ENEV3) poderia se beneficiar. Em relação às geradoras de energia elétrica, a perspectiva é positiva para Eletrobras e Copel.
“Acreditamos que apostar no aumento dos preços da eletricidade poderá dar frutos em 2024. Por isso, reiteramos a nossa classificação de Desempenho superior (desempenho acima da média, semelhante à compra) para Eletrobras e Copel, ambas com exposição significativa aos preços de energia elétrica devido aos elevados níveis de capacidade não contratada”, finaliza a divisão de análise do banco.
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(com Reuters)
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