“Supertese”, quebra de duopólios, empolgação com novos contratos. Em semestre negativo para o Ibovespa, com o benchmark da Bolsa caindo mais de 7%, o grande destaque positivo do índice foram as ações da Embraer (EMBR3), que caminham para fechar o primeiro semestre de 2024 com valorização de mais de 71 % .
Em março, emblemáticamente, diversas casas começaram a revisar para cima os números da empresa. Destaque na época, o Morgan Stanley dobrou o preço-alvo dos ADRs (receitas de ações negociadas na Bolsa de Valores americana) da empresa. O preço-alvo foi de US$ 19,50 para US$ 40,00 (aumento da meta em 105%), com analistas destacando a empresa “como o terceiro player no mercado de aeronaves comerciais, ganhando espaço e possivelmente quebrando o duopólio de Boeing e Airbus”. JPMorgan e Goldman Sachs seguiram o sentimento com as ações da fabricante de aeronaves.
Em junho deste ano, a empresa também anunciou um pedido de 20 jatos E2 feitos pela empresa Mexicana de Aviación, abrindo um novo mercado para seus jatos comerciais de próxima geração e aumentando sua carteira de pedidos firmes em relação ao pico de sete anos de US$ 21,1 bilhões. alcançado em março.
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Na passada quarta-feira, a empresa entregou o segundo avião multimissão KC-390 à Força Aérea Portuguesa (FAP). Esta é a segunda entrega de um pedido de cinco aeronaves feito pela FAP em 2019, incluindo um pacote abrangente de serviços e suporte e um simulador de voo. A primeira aeronave entrou ao serviço em outubro de 2023 na Base Aérea de Beja.
A disparada das ações da Embraer com o aumento do portfólio, avaliações positivas para os ativos e mais recentemente com o avanço do dólar (a Embraer tem 93% de suas vendas em dólares e 83% de seus custos em moeda) levou parte do mercado para analisar se ainda havia espaço para as ações subirem ainda mais.
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No final de maio, a XP Investimentos reduziu a recomendação de EMBR3 de compra para neutra. Embora se espere que o fabricante de jatos colha os frutos das melhorias no retorno sobre o capital investido (ROIC) e entre em um “período de colheita” de fluxo de caixa livre nos próximos anos, a assimetria de valor foi citada como a razão por trás do rebaixamento. .
O Itaú BBA, por sua vez, destacou sua crença de que a fabricante de aeronaves ainda possui potencial atrativo de valorização na Bolsa, reiterando sua compra. O banco espera que continuem a chegar novas encomendas comerciais à medida que os principais concorrentes enfrentam estrangulamentos e que a rentabilidade continue a melhorar à medida que a indústria poderá aumentar os preços. Em meados de junho, o JPMorgan reiterou a sua recomendação sobrepeso (exposição acima da média do mercado, equivalente a compra) e preço alvo de R$ 51, pois a empresa deverá continuar se beneficiando do bom momento dos jatos executivos, que representam atualmente cerca de 35% do seu Ebit (lucro antes da taxa de juros).
Próximo gatilho?
É neste cenário que acontece entre os dias 22 e 26 de julho a feira de aviação de Farnborough, na Inglaterra. Nele, os fabricantes de aeronaves costumam anunciar o recebimento de grandes pedidos. No ano passado, os investidores ficaram decepcionados com os fracos números de pedidos anunciados pela Embraer durante o Paris Airshow – portanto, os contratos assinados pela empresa serão monitorados de perto pelos investidores.
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Em relatório, o Bradesco BBI destacou o que o mercado espera para a Embraer na feira inglesa, entrevistando um total de 20 investidores institucionais (45% acionistas).
Segundo estimativas do banco, a Embraer anunciou historicamente cerca de 40% dos pedidos de aviação comercial durante os shows aéreos de Farnborough e Paris-Le Bourget. A pesquisa mostrou que os investidores esperam que a Embraer receba 12 pedidos de jatos comerciais durante o evento, em linha com as 13 unidades anunciadas pela empresa no Paris-Le Bourget Airshow do ano passado. “Observamos que, embora os pedidos para um determinado ano estejam concentrados no airshow anual, este ano a Embraer já anunciou 110 pedidos de aeronaves comerciais (90 da American Airlines e 20 da Mexicana de Aviacion), portanto, esperamos uma reação neutra da parte o mercado, mesmo que sejam cerca de 10 solicitações”, avalia o BBI.
Com base em 110 pedidos acumulados no ano, o índice book-to-bill da Embraer (a proporção de pedidos recebidos em relação às unidades embarcadas e faturadas em um período específico) é de 1,4 vezes, o que, assumindo os 12 pedidos potenciais de compra no airshow aumentaria para 1,6 vezes.
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“Somos mais construtivos e esperamos que a Embraer anuncie pedidos firmes de mais 20 Ejets, aumentando a relação book-to-bill para 1,7 vezes”, avalia. Enquanto isso, os investidores esperam, em média, que a Embraer receba 2 novos pedidos de C-390 na feira, mas a maioria (65%) dos investidores espera, na verdade, zero novos pedidos. Normalmente, os pedidos da divisão de defesa não são anunciados durante a feira.
O BBI continua vendo fatores positivos para o segmento de defesa da Embraer, com possíveis novos pedidos vindos da Índia (aproximadamente 40-80) e da Arábia Saudita (cerca de 30), o que poderia acrescentar cerca de R$ 8,00 por papel EMBR3.
A Embraer também poderá anunciar contratos de serviços, principalmente após a expansão de capacidade de sua unidade de MRO em Portugal, concluída no início de 2024. Assim, o banco mantém a Embraer como uma de suas Top Picks (preferenciais) em sua cobertura, com recomendação de Compra e preço-alvo de R$ 38,00 para o ano de 2024.
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(com Reuters e Estadão Conteúdo)
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