O dólar subiu frente ao real ao longo da quarta-feira (19), chegando perto de R$ 5,50, mas perdeu força no final dos negócios para fechar com valorização de apenas 0,15%. O movimento ocorreu em meio à cautela dos investidores antes da divulgação da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central sobre os juros no final da tarde, com ampla expectativa de manutenção em 10,50% ao ano e atenção na forma como cada membro votará.
E com feriado nos Estados Unidos, o pregão também foi devido ao menor volume negociado.
Qual é a taxa de câmbio do dólar hoje?
O dólar à vista subiu 0,15%, a R$ 5,441 na compra e R$ 5,442 na venda. Na máxima, a moeda chegou a R$ 5.483. O contrato futuro do primeiro mês caía 0,25%, aos 5.435 pontos por volta das 17h30.
No Brasil, pela manhã o BC vendeu todos os 12 mil contratos de swap cambial tradicional oferecidos para rolagem dos vencimentos de agosto.
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À tarde, o BC informou que o Brasil registrou fluxo cambial positivo total de US$ 6,337 bilhões em junho até o dia 14, com entradas líquidas de US$ 2,104 bilhões pelo canal financeiro e entradas de US$ 4,233 bilhões pelo canal comercial.
Dólar comercial
Dólar de turismo
Sem referência aos mercados spot dos EUA, que estão fechados devido a feriado, a atenção volta-se inteiramente para o mercado local.
A busca dos investidores pela proteção do dólar fez com que o preço do mercado à vista atingisse a máxima de 5,4850 no início da tarde.
No mercado há quase um consenso, precificado na curva a termo, de que o Banco Central manterá a taxa básica Selic em 10,50% ao ano, encerrando o atual ciclo de cortes.
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Após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fazer novos ataques a Roberto Campos Neto, presidente do BC, pressionando pela continuidade da flexibilização monetária, o mercado estará atento ao posicionamento dos quatro indicados pelo governo Lula na decisão de hoje – especialmente pelo voto de Gabriel Galípolo. O diretor de Política Monetária do BC é o favorito para assumir o comando da autoridade monetária ao final do mandato de Campos Neto, em 31 de dezembro.
“Embora o mercado acredite que não haverá susto como em maio, ele está se protegendo”, comentou durante a tarde o gerente da mesa de Derivativos Financeiros da Commcor DTVM, Cleber Alessie Machado, ao justificar a alta dos preços. “Se houver divisão ou se houver uma ‘surpresa conciliatória’ no Copom, o dólar vai subir”, acrescentou.
Um operador ouvido pela Reuters resumiu nesta quarta-feira a percepção mais geral do mercado: o dólar só cairá no dia seguinte ao Copom se a Selic permanecer em 10,50% ao ano, por decisão unânime dos diretores do BC. Qualquer decisão diferente desta tem o potencial de estressar ainda mais os preços.
O mesmo profissional considerou que, apesar do dólar ter subido para 5,50 reais nos últimos dias, ainda haveria muito espaço para novas valorizações caso o resultado do Copom não seja bem avaliado pelos investidores. Isso porque as preocupações com o cenário político brasileiro e o equilíbrio fiscal permanecem nas mesas de operação.
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Às 17h15, no exterior, o índice do dólar — que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis moedas — caía 0,04%, para 105,230.
(Com informações da Reuters)
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