Em sessão volátil influenciada por diversos fatores, as taxas DI encerraram a terça-feira, 4, em alta em meio ao desconforto dos investidores com o cenário fiscal no Brasil após a apresentação de novas propostas legislativas pelo governo, ainda que no exterior. o dia foi de declínio constante nos rendimentos do Tesouro.
No final da tarde, a taxa DI (Depósito Interbancário) de janeiro de 2025 — que reflete a política monetária no curtíssimo prazo — estava em 10,41%, ante 10,394% do reajuste anterior.
A taxa DI para janeiro de 2026 foi de 10,845%, ante 10,807% do reajuste anterior, enquanto a taxa de janeiro de 2027 foi de 11,2%, ante 11,164%. A taxa para janeiro de 2028 foi de 11,485%, ante 11,458%, e o contrato para janeiro de 2031 foi de 11,85%, ante 11,833%.
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No início do dia, as taxas futuras oscilavam em território negativo, em linha com a queda dos rendimentos do Tesouro e após a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil no primeiro trimestre do ano, que cresceu 0,8% em relação a três meses atrás. anteriores. A leitura correspondeu às expectativas de uma pesquisa da Reuters com economistas.
Um dos destaques foi a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) — medida de investimento —, que aumentou 4,1% no primeiro trimestre, após crescimento de apenas 0,5% no período anterior.
Neste cenário, a taxa de vencimento de janeiro de 2027 — uma das mais líquidas — atingiu o mínimo de 11,100% às 11h01, queda de 6 pontos base em relação ao ajuste do dia anterior.
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Porém, no final da manhã, as taxas DI começaram a ganhar força no Brasil, migrando para território positivo no início da tarde e renovando máximas em sentido oposto no exterior, onde os rendimentos continuaram caindo de forma constante.
O aumento das taxas DI ocorreu paralelamente ao anúncio do governo de novas medidas para a área fiscal e do segundo projeto de regulamentação da reforma tributária.
O governo emitiu uma medida provisória para limitar o sistema de crédito Pis/Cofins, prevendo que a iniciativa aumentará as receitas governamentais em R$ 29,2 bilhões em 2024. Do total, cerca de R$ 17,5 bilhões serão provenientes de uma limitação nas compensações de crédito Pis/Cofins. Outros R$ 11,7 bilhões serão decorrentes da restrição aos créditos presumidos de Pis/Cofins.
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A medida busca compensar a perda de receita gerada pela manutenção da desoneração da folha de pagamento em 17 setores da economia e pequenos municípios. O benefício tem custo estimado de R$ 26,3 bilhões este ano —inferior ao impacto previsto da MP.
À tarde, o governo enviou ao Congresso o segundo projeto de lei complementar para regulamentar a reforma tributária sobre o consumo. O projeto também regulamenta o Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação de Quaisquer Bens ou Direitos (ITCMD), imposto estadual que incide sobre heranças e doações. Porém, por decisão do governo, o texto não aborda a cobrança desse imposto sobre heranças oriundas de investimentos em previdência privada —algo que foi discutido na imprensa ao longo da semana.
Em entrevista à imprensa, o secretário extraordinário de Reforma Tributária da Fazenda, Bernard Appy, afirmou que a não inclusão da cobrança do ITCMD sobre as heranças provenientes de investimentos em previdência privada foi uma “decisão do governo”. Ele não deu mais explicações.
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Profissionais ouvidos pela Reuters afirmaram que as medidas anunciadas pelo governo geraram desconforto no mercado, sendo um dos pontos de desconforto justamente a questão do ITCMD e, principalmente, a falta de explicações sobre o motivo da retirada da proposta do texto. introduzido. A preocupação dos investidores é que uma possível tributação possa retirar alguma da atractividade dos fundos de pensões privados.
“Essa questão previdenciária é mais sensível do que pode parecer. Na verdade, os fundos de pensão são grandes financiadores da dívida pública, porque têm metas atuariais a cumprir e, portanto, são compradores de títulos públicos de longo prazo, principalmente NTN-B”, comentou Lais Costa, analista da Empiricus Research.
“Se você gera um fluxo de vendas de fundos de pensão, você reduz o poder dessas instituições de comprar esses títulos ou até mesmo de gerar um fluxo de vendas desses NTNBs. Agora imagine quanto será o custo do governo nesse cenário. Já temos uma taxa de IPCA+6%, o que já é insustentável no longo prazo”, acrescentou Costa.
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Segundo Luciano Rostagno, estrategista-chefe e sócio da EPS Investimentos, os ruídos envolvendo a área fiscal realmente impulsionaram a curva brasileira nesta terça-feira.
“Há muitas notícias sobre tributação sucessória, que depois foi desmentida, há muito ruído em torno dos impostos e da política fiscal. Então, como as commodities estão caindo hoje, isso acaba pesando no câmbio, que testa R$ 5,29. E acaba pesando na curva de juros também”, avaliou.
O dólar spot aproximou-se de R$ 5,30 durante a tarde, em meio à queda de commodities importantes para o Brasil, como petróleo, minério de ferro e soja.
Nesse contexto, a taxa DI de janeiro de 2027 atingiu pico de 11,230% às 14h10, alta de 7 pontos-base em relação ao ajuste anterior. Depois a taxa fixou-se em níveis mais baixos, mas ainda assim acabou elevada.
O movimento do dia fez com que, perto do fechamento, a precificação da curva a termo indicasse 80% de chance de manutenção da taxa Selic em 10,50% ao ano em junho, contra 20% de probabilidade de corte de 25 pontos-base.
No exterior, os rendimentos continuaram a cair de forma constante.
Às 16h39, o rendimento do Tesouro a dez anos – referência global para decisões de investimento – caía 7 pontos base, para 4,33%.
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