A decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (OPEP+) na última reunião, realizada no domingo (2), de eliminar gradativamente os cortes voluntários na produção, estabelece novos cenários para o setor.
Helena Kelm, analista de petróleo, gás e petroquímica da XP, que participou nesta terça-feira (4) do Chamada matinal XPafirma que o mercado já esperava uma prorrogação dos cortes de produção, mas não conforme proposto.
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OPEP: corte gradual
“Essa prorrogação mostra um comportamento de que ela (OPEP) está comprometida em fornecer (petróleo), continuando a monitorar e apoiar o preço do petróleo”, avalia Kelm.
A OPEP+ decidiu prolongar os cortes de produção de 2,2 milhões de barris por dia até Setembro, com a eliminação gradual dos cortes voluntários de Outubro a Setembro de 2025. O corte oficial de oferta de 3,6 milhões de barris por dia continua até ao final de 2025.
“Durante todo esse tempo em que a OPEP vem fazendo cortes na produção, a oferta global tem sido complementada por países que não são membros da Organização – principalmente Estados Unidos, Guiana e Brasil”, destaca.
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“Mas já temos alguns sinais de que, a partir do segundo semestre de 2024, este crescimento (da oferta de países terceiros) já não será tão robusto”, acrescenta. Os EUA, a Guiana e o Brasil não têm perspectivas de aumentar a produção de petróleo para abastecer o mercado global além do que já fazem.
Aumento de volume
“Como há uma demanda global crescente por petróleo, pode abrir algum espaço para que a Opep retorne com seus volumes”, afirma o analista. Kelm vê, noutro aspecto, que o facto de a OPEP ter anunciado um programa gradual para eliminar o corte de produção apresenta uma perspectiva de um futuro aumento da oferta.
“Apesar de estes cortes terem sido alargados, tivemos alguns países que obtiveram um aumento da sua quota de produção, como a Rússia e o Iraque”, destaca. “Estes dois factores indicam que há uma vontade por parte da OPEP de regressar aos seus volumes, respondendo a uma impaciência por parte do grupo com capacidade ociosa, que tem vindo a aumentar cada vez mais entre eles”, disse.
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Condições de mercado
Além disso, a Opep ressaltou, segundo o analista da XP, que tudo depende das condições do mercado. “Se o preço do petróleo cair demasiado, este programa poderá ser adiado”, disse ela.
Helena Kelm mantém uma perspectiva positiva para os produtores de petróleo no Brasil. “Mesmo que alguns beneficiem do aumento dos preços do petróleo, a estabilidade de preços pode ser benéfica, porque são preços que já estão a promover uma boa rentabilidade para algumas destas empresas, incluindo a Petrobras (PETR4)”, acrescentou.
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