A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizará no dia 6 de junho o primeiro leilão para aquisição de até 300 mil toneladas de arroz importado, conforme informou nesta quarta-feira (29) o presidente da Conab, Edegar Pretto.
A medida foi adotada pelo governo federal para reduzir o preço do produto, que aumentou até 40% devido às enchentes no Rio Grande do Sul. O estado é responsável por 70% da produção nacional.
No último dia 20, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) zerou tarifas de importação de três tipos de arroz. Atualmente, a maior parte das importações de arroz no Brasil vem do próprio Mercosul, sem pagar o imposto. Com a isenção definida pela Camex, destacou Edegar Pretto, outros países produtores de arroz poderão participar do leilão nas mesmas condições dos fornecedores do Mercosul.
O presidente da Conab afirmou que, após o primeiro leilão, o governo avaliará se serão necessárias outras rodadas de compras para garantir o equilíbrio do preço dos alimentos no mercado.
“Não queremos que essa compra de importados concorra com a nossa produção nacional. Estamos comprando as primeiras 300 mil toneladas. Vamos avaliar como o mercado se comportará. Se percebermos que esta medida já equilibrou os preços, o governo avaliará se há ou não necessidade de realizar um novo leilão”, disse em entrevista à imprensa.
Uma medida provisória autoriza a compra de até 1 milhão de toneladas de arroz. Os custos de aquisição estão limitados a R$ 1,7 bilhão, previstos em portaria interministerial.
Preço
O produto importado será vendido em embalagem específica e por R$ 4 o quilo. Dessa forma, o consumidor final pagará no máximo R$ 20 por um pacote de 5kg.
O arroz importado será destinado ao pequeno varejo, feiras livres, supermercados, hipermercados, cash and carry e estabelecimentos comerciais das regiões metropolitanas, com base em indicadores de insegurança alimentar.
Segundo a Federação das Associações dos Produtores de Arroz do Rio Grande do Sul, não há risco de desabastecimento no país. Produtores alertam sobre a qualidade do arroz estrangeiro e a manutenção das condições de consumo.
“Quando tenho um produto branco importado, pronto para consumo, exige muito cuidado com a saúde”, disse o presidente da Fedearroz, Alexandre Velho, à TV Brasil.
O edital determina que o produto importado deve ter cor, odor e sabor característicos do arroz beneficiado longo fino polido tipo 1 e proíbe a aquisição de arroz aromático.
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