Pela primeira vez em décadas, mais da metade do parque gerador de eletricidade do Brasil virá de novas fontes renováveis: parques eólicos, parques fotovoltaicos, painéis solares, biomassa e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs).
Em 2028, segundo projeções divulgadas recentemente pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), essas fontes de energia representarão 51% da capacidade instalada de geração do país.
As usinas hidrelétricas e térmicas — que utilizam gás natural, carvão mineral ou óleo combustível — deverão corresponder a 49% da matriz.
Os dados fazem parte do novo Plano de Operação Energética (PEN) 2024, que avalia as condições de atendimento do mercado no horizonte de cinco anos. O documento, atualizado anualmente pelo ONS, elabora cenários de oferta e demanda no setor.
Hoje, segundo dados das operadoras, o parque gerador brasileiro tem 215 mil megawatts (MW). Desse total, 59% são hidrelétricas e térmicas. As renováveis equivalem a 41%.
Em 2028, a capacidade instalada deverá aumentar para 245 mil MW. Quase metade do aumento vem da micro e minigeração distribuída (MMGD) – jargão da indústria para painéis instalados nos telhados de residências e pequenos parques solares.
Desafios na operação
O crescimento da matriz de fontes renováveis, também intermitentes, torna a operação do sistema mais desafiadora.
Diferentemente das hidrelétricas e térmicas, elas apresentam grandes variações na energia produzida ao longo do dia. As usinas fotovoltaicas dependem da irradiação solar. Os parques eólicos dependem da intensidade dos ventos, que tendem a ser maiores à noite e no início da manhã.
Isso se tornou uma dor de cabeça para o ONS, principalmente nos horários de pico. Na segunda-feira (30), por exemplo, a demanda instantânea máxima no sistema interligado nacional foi registrada às 19h13 – com 94.304 MW de carga.
Naquela época praticamente não havia produção de energia solar e a geração eólica, com ventos abaixo do pico do dia, estava longe do seu pico.
Para compensar, o ONS aumentou a produção das hidrelétricas e o acionamento das térmicas no final da tarde.
Para isso, no jargão do setor, aumenta-se a “rampa de geração” das hidrelétricas. Tradução: precisam de produzir mais para satisfazer a procura e compensar a menor produção a partir de fontes renováveis durante as horas de ponta.
O ONS mostrou, no PEN 2024, que a diferença entre a menor e a maior geração das hidrelétricas ao longo de um mesmo dia tem aumentado —ano após ano.
Em 2024, por exemplo, as diferenças entre a menor e a maior geração (amplitude diária) já chegarão a 38,3 mil MW. Como resultado, em 11 dias diferentes deste ano, ultrapassaram a amplitude máxima de 2023.
“Essa transição [da matriz] para fontes intermitentes tem exigido variação crescente na geração de usinas hidrelétricas e termelétricas em intervalos cada vez mais curtos, o que precisa garantir flexibilidade operacional para equilibrar geração e demanda em tempo real”, diz trecho do resumo executivo do PEN 2024.
“Flexibilidade operacional refere-se à capacidade de um recurso ajustar rapidamente seu fornecimento de energia, respondendo às variações de carga e à disponibilidade de outras fontes de geração.”
taxa de juros para empréstimo consignado
empréstimo para aposentado sem margem
como fazer empréstimo consignado pelo inss
emprestimos sem margem
taxa de juros empréstimo consignado
consiga empréstimo
refinanciamento emprestimo consignado
simulador empréstimo caixa
valores de emprestimos consignados
empréstimo para funcionários públicos
valores de empréstimo consignado