A escalada do conflito no Médio Oriente entre Israel e o Irão poderá gerar impactos económicos em diversas frentes. De imediato, analistas apontam um alerta para o Brasil, principalmente em relação ao câmbio e aos preços dos combustíveis.
A perspectiva de uma guerra generalizada na região provocou um salto nos preços do petróleo. Na terça-feira (1º) a commodity subiu 5% no mercado internacional.
O cenário desperta cautela no cenário doméstico quanto ao aumento do preço da gasolina na bomba, uma vez que o preço do petróleo no mercado global faz parte da equação de fixação dos preços no país.
“A guerra no Médio Oriente começa a ter repercussões a nível global, especialmente no que diz respeito às matérias-primas, em particular combustíveis e energia, áreas que apresentam muitos riscos. Isso impacta diretamente o transporte e toda a logística de commodities ao redor do globo”, avalia Carlos Braga Monteiro, CEO do Grupo Studio.
O Irão é o nono maior produtor de petróleo do mundo, com uma quota de 4%, segundo dados da Administração de Informação sobre Energia (EIA) do governo dos Estados Unidos.
A região, no entanto, concentra outros grandes participantes do mercado: Arábia Saudita (11% da produção global), Iraque (4%) e Kuwait (3%).
Apesar do receio, os especialistas acreditam que ainda é cedo para falar em riscos mais amplos. Para analistas ouvidos por CNNo cenário de subida generalizada dos preços depende de como as consequências do conflito afectarão a produção e distribuição de petróleo na região.
Rodrigo Marcatti, economista e CEO da Veedha Investimentos, destaca que a tensão entre os dois países precisaria escalar para níveis maiores para gerar impactos no mercado global.
Como exemplo, ele cita um possível fechamento do Estreito de Ormuz —corredor marítimo que divide o Irã e os Emirados Árabes Unidos—, responsável pelo escoamento de 21% do petróleo global.
Em relação às taxas de câmbio, o cenário e o conflito provocam a desvalorização de moedas consideradas menos seguras e a migração dos investidores para o dólar, aumentando o valor da moeda.
“Quando acontece esse tipo de evento, sabemos que a tendência é que o dólar realmente se valorize frente às outras moedas, já que é a moeda forte e líquida do mercado”, disse Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos.
Negócios
Em termos de balança comercial, o Brasil possui uma extensa lista de produtos que fazem parte de seu portfólio com Israel e Irã: uvas secas, morfina, cloreto de potássio e aviões com peso de até 15 toneladas são alguns dos itens.
Nos números, o Brasil teve uma relação mais vantajosa com o Irã, com saldo positivo de 1,83 bilhão. Com Israel, o país registrou um déficit de 188,6 milhões de janeiro a agosto deste ano.
Com um cenário de maior incerteza, o governo brasileiro passou a monitorar ainda mais de perto os possíveis impactos da escalada do conflito.
A avaliação de membros da administração federal é que, considerando as trocas do Brasil com esses dois países, os riscos associados ao comércio exterior são limitados neste momento. A “evolução dos factos” poderá alterar este cenário.
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