Nos últimos cinco anos, o cenário energético e climático do Brasil mudou, e uma série dessas mudanças joga a favor do horário de verão — que foi suspenso em 2019 e pode retornar este ano. A expansão dos painéis solares, o valor das contas de luz e o avanço do aquecimento global estão provocando esse efeito.
Esta é uma avaliação de governantes, especialistas e de Luiz Eduardo Barata, que estava à frente do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) quando o horário de verão foi suspenso e explicou esses impactos em entrevista à CNN.
O objetivo do horário de verão é reduzir a procura de energia entre as 18h00 e as 21h00, altura em que há aumento do consumo, permitindo a utilização da luz solar em vez da luz artificial durante mais uma hora. Além disso, a medida permite que o sistema elétrico utilize a geração de energia solar para atender os consumidores nestes minutos.
Acontece que nos últimos cinco anos a potência instalada de energia solar no Brasil aumentou dez vezes. Dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) mostram que em 2019 esse número era de 5 GW, e em agosto de 2024 chegou a 47 GW.
Dessa forma, quase 20% da matriz elétrica brasileira hoje é solar. Ou seja, o impacto de ter esta fonte a servir os consumidores por uma hora “extra” é consideravelmente mais relevante do que era há cinco anos.
O fato de o Brasil enfrentar agora a maior seca dos últimos 70 anos também tem impacto a favor do horário de verão. O baixo nível dos reservatórios tira a energia eólica das hidrelétricas (46% da matriz brasileira) e exige o uso de térmicas, que geram energia a partir da queima de combustíveis fósseis ou biomassa.
O problema é que o uso de termelétricas traz dois resultados: aumento na conta de luz, já que o preço de ativá-las é repassado aos consumidores nas tarifas, e danos ao meio ambiente, dada a emissão de gases de efeito estufa decorrentes da a queima de combustíveis.
Um estudo recente do ONS que recomendou ao governo a retomada do horário de verão mostrou que a medida resultaria em economia de pelo menos R$ 356 milhões em combustível termelétrico nos próximos cinco meses — o que aliviaria as contas dos consumidores.
“Não acho que seja pouco dinheiro. Isto reduzirá as contas de eletricidade dos consumidores. Qualquer redução feita, de R$ 1 ou R$ 10 na conta de luz, é uma redução. São milhões de consumidores no Brasil que avaliam diariamente se pagam luz ou compram alimentos”, diz Barata.
No caso do segundo efeito, a avaliação é que, em meio a eventos extremos como os incêndios em todo o Brasil e as enchentes no Rio Grande do Sul, o impacto climático das usinas é mais relevante do que era há cinco anos. Para se ter uma ideia, em 2021, ano de seca, as termelétricas brasileiras emitiram o equivalente a 55,6 milhões de toneladas de CO2.
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