A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, afirmou nesta quarta-feira (25) que oferecerá créditos fiscais aos fabricantes nacionais e investirá em setores que “definirão o próximo século”, ao detalhar seu plano econômico para impulsionar a classe média dos EUA.
Falando no Clube Económico de Pittsburgh, no estado indeciso da Pensilvânia, a candidata democrata nas eleições presidenciais de 5 de Novembro disse que concederá créditos fiscais aos fabricantes norte-americanos para reequipar ou reconstruir empresas existentes e expandir “bons empregos sindicais”.
Ela também prometeu dobrar o número de programas de aprendizagem registrados durante seu primeiro mandato.
Kamala também prometeu novos investimentos em setores como biofabricação, aeroespacial, inteligência artificial e energia limpa.
O discurso de Kamala, que durou pouco menos de 40 minutos, não detalhou como funcionariam essas políticas. No seu discurso, a candidata destacou ainda o facto de ter sido criada por uma mãe solteira, em contraste com o republicano Donald Trump, filho rico de um promotor imobiliário nova-iorquino.
“Prometi que a construção de uma classe média forte será o objectivo definidor da minha presidência”, disse Kamala, acrescentando que vê as eleições como um momento de escolha entre duas visões “fundamentalmente diferentes” da economia dos EUA, defendidas por ela e pelos seus adversário.
O vice-presidente e Trump estão a concentrar as suas mensagens de campanha na economia, uma questão que a sondagem Reuters/Ipsos mostra ser a principal preocupação dos eleitores à medida que as eleições se aproximam.
A divisão entre ricos e pobres aumentou nas últimas décadas. A percentagem de agregados familiares dos EUA na classe média, definida como aqueles com dois terços a duas vezes o rendimento familiar médio, caiu de cerca de 62% em 1970 para 51% em 2023, mostra a Pew Research.
O rendimento destes agregados familiares também não cresceu tão rapidamente como o do nível terciário.
Trump, segundo Kamala, está “interessado apenas em tornar a vida melhor para si mesmo e para pessoas como ele, os americanos mais ricos”.
Ela também disse que está comprometida em trabalhar com o setor privado e os empresários para ajudar a classe média a crescer. Kamala disse ao público que ela é “uma capitalista” que acredita em “mercados livres e justos”, descrevendo as suas políticas como pragmáticas e não enraizadas na ideologia.
Nos últimos meses, Kamala diminuiu a liderança de Trump na frente económica, com uma sondagem Reuters/Ipsos publicada na terça-feira a mostrar o candidato republicano com uma vantagem marginal de 2 pontos percentuais em “economia, desemprego e empregos”, abaixo da sua liderança. 11 pontos no final de julho.
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