Pesquisa inédita divulgada nesta terça-feira (24) pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) e Brain Intelligence Strategic revela que o mercado médio registrou queda na participação de unidades lançadas nesse segmento, um dos mais importantes para o setor.
Os dados envolvem cerca de 10.500 empresas do mercado imobiliário nacional.
Segundo dados da pesquisa, no segundo trimestre de 2024, o mercado médio foi responsável por 50% do total do Valor Global Lançado (VGL), ante 26% do mercado alto e 24% do Minha Casa, Minha Vida (MCMV).
No mesmo período do ano passado, essa participação no padrão médio era de 60%. Isso evidencia a importância da classe média para o mercado imobiliário, mostrando que esse segmento desempenha papel crucial no desempenho do setor e na geração de empregos e renda.
Considerando apenas a capital paulista, maior mercado imobiliário do Brasil, a queda foi ainda mais acentuada. O VGL no segundo trimestre deste ano representou 50% no período, ante 66% no período anterior.
O aumento do custo do financiamento bancário é, sem dúvida, o grande responsável pela queda desta participação relativa, argumenta o setor. Ainda assim, a classe média é o principal mercado para o setor imobiliário.
“A classe média tem interesse em comprar imóveis, mas tem dificuldade para obter crédito devido às altas taxas de juros e ao alto custo do financiamento. Isso não só compromete o orçamento das famílias, que enfrentam obstáculos para financiar a casa própria, mas também inibe o lançamento de novos projetos pelas incorporadoras, afetando todo o setor”, disse Luiz França, presidente da Abrainc.
A afirmação foi feita na 7ª edição do Fórum Incorpora, evento que reúne nomes das maiores incorporadoras, empresários e agentes do mercado financeiro do país.
França disse que, mesmo com a melhora do cenário econômico do Brasil, a taxa Selic, que atualmente está em 10,75% ao ano, vem dificultando a vida de empresários e pessoas físicas.
“Vimos a menor taxa de desemprego da história – desde o início da série da PNAD em 2012 – e com a inflação controlada, temos o desafio dos juros que dificulta tanto para empresários quanto para pessoas físicas”, afirmou.
Os números da pesquisa mostram ainda que essa queda também é percebida quando há uma intenção de compra elevada: 48% dos entrevistados em geral, segundo dados do BRAIN (maior número já registrado). Porém, esse nível de intenção é menor (40%) justamente na faixa de renda entre R$ 10 e R$ 20 mil mensais.
No dia 18 de setembro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a taxa Selic para 10,75%, o que, segundo França, “tem efeito negativo sobre os tomadores de crédito em todos os setores da economia, encarecendo empréstimos e financiamentos”.
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