O ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Jorge Oliveira suspendeu os efeitos de uma medida provisória (MP 1.255) do governo Lula que previa incentivos fiscais para a indústria naval. Foi cumprida medida cautelar proposta pelo senador Ciro Nogueira (PP-PI).
No entendimento do relator, o incentivo “ofende” o artigo 14 da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Este dispositivo estabelece que a concessão destes benefícios deve ser acompanhada de uma estimativa do impacto orçamental, demonstrando que a renúncia não afeta as metas fiscais e apontando medidas para compensar a perda de receitas.
A MP propõe utilizar R$ 1,6 bilhão de recursos orçamentários futuros em um programa de depreciação acelerada, incentivando a construção de navios-tanque para cabotagem de petróleo e derivados na costa brasileira. A expectativa era que isso gerasse 15 novas embarcações.
Cada vez que adquirir bens de capital, uma indústria poderá reduzir o valor dessas máquinas ao pagar IRPJ e CSLL no futuro. Com a depreciação acelerada, a redução poderá ocorrer antes do esperado, reforçando o fluxo de caixa das empresas. Não se trata de uma redução fiscal, mas de uma mudança no fluxo de dinheiro que entra nos cofres públicos.
Segundo a MP, o benefício seria utilizado para embarcações adquiridas até o final de 2026 e teria validade de 2027 a 2031. Assim, os custos da renúncia fiscal seriam incluídos nos documentos orçamentários a partir de 2027.
“A menção a uma previsão futura de renúncia na lei orçamentária nada mais é do que uma mera ‘promessa’ de cumprimento da LRF, o que certamente fragiliza o regime de controle orçamentário-fiscal das contas públicas e a segurança jurídica dos contribuintes”, indicou Ciro Nogueira em sua representação, concedido.
Ao suspender a habilitação de pessoas jurídicas ao programa, o TCU determinou que o Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) e a Receita Federal apresentassem notas técnicas e outros materiais abordando os efeitos tributários e o cumprimento do artigo 14 da LRF.
Em sua decisão, Oliveira cita ainda que, segundo projeção da Receita, em 2024 o governo deixará de arrecadar R$ 512 bilhões em função de benefícios fiscais —isso faz parte da tentativa da gestão federal de reduzir o nível desse tipo de incentivo, que esvazia cofres públicos.
taxa de juros para empréstimo consignado
empréstimo para aposentado sem margem
como fazer empréstimo consignado pelo inss
emprestimos sem margem
taxa de juros empréstimo consignado
consiga empréstimo
refinanciamento emprestimo consignado
simulador empréstimo caixa
valores de emprestimos consignados
empréstimo para funcionários públicos
valores de empréstimo consignado