As chuvas no Rio Grande do Sul afetaram a logística do estado com danos em rodovias que acabaram isolando municípios gaúchos. A CNN entrei em contato com mercados e empresas com pontos de distribuição na região para entender o impacto da chuva nas entregas. Em geral, as empresas têm buscado formas de superar o problema e manter as entregas dentro do prazo. Porém, alguns deles esperam atrasos e cancelamento de pedidos.
Empresas com projetos no local, Amazon e JBL – fabricante norte-americana de eletrônicos de áudio – foram obrigadas a paralisar o funcionamento de um centro de distribuição e de uma fábrica, respectivamente.
Em nota, a Harman, empresa Samsung e proprietária da JBL, informa que a retomada de suas operações “depende da evolução da liberação das rotas logísticas na região metropolitana de Porto Alegre”.
Desde o agravamento das chuvas, no dia 29 de abril, o pior momento da crise foi quando foram registrados 170 pontos de bloqueios em 79 rodovias de 97 municípios gaúchos. Segundo relatório divulgado nesta sexta-feira (10) pelo governo do estado, foram 73 trechos com fechamento total e parcial em 43 rodovias.
Com a paralisação, a Amazon espera atrasos nas entregas de pedidos em todo o RS. A JBL informa em seu site que pedidos de todo o Brasil poderão sofrer atrasos devido ao impacto da chuva. A CNNLuciano Sasso, vice-presidente de marketing e vendas para a América do Sul da Harman, disse que alguns pedidos podem ser cancelados.
“A empresa reafirma o compromisso de oferecer todo suporte necessário aos clientes, reforçando a política de reembolso para remessas que tiveram que ser canceladas. Além disso, [a Harman] disponibilizou um link para que os consumidores possam entrar em contato e tirar dúvidas e dar suporte aos clientes”, disse o vice-presidente de marketing e vendas.
Sasso afirma que a empresa mantém contato com os clientes, atualizando-os sobre o andamento de seus pedidos.
O Mercado Livre teve que paralisar suas operações de transporte nas cidades de Porto Alegre, Pelotas, Santa Maria e Sapucaia do Sul.
“As vendas foram bloqueadas provisoriamente na região e o Mercado Livre informa que não penalizará a reputação dos vendedores até que as operações estejam 100% normalizadas. A empresa está trabalhando para retornar às operações nessas cidades o mais rápido possível”, afirmou a empresa em comunicado.
Os Correios afirmam que cerca de 30% da carga está sendo entregue. A empresa diz estar adotando “medidas de contingência para manter a prestação de serviços”.
Apesar das chuvas terem afetado cerca de 88% dos municípios gaúchos, 84% das agências de correios do RS estão abertas (cerca de 400 unidades).
“Nas agências em funcionamento todos os serviços estão disponíveis, com exceção dos serviços de entrega mediante agendamento (Sedex 10, Sedex 12 e Sedex Hoje)”, informou a empresa em nota.
Existe um consenso entre as empresas. Todos reforçaram que neste momento a prioridade é garantir a segurança dos seus colaboradores.
Correios e Amazon também estão utilizando suas respectivas infraestruturas logísticas para arrecadar doações e recursos para apoiar a população afetada.
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