A poucos dias da decisão do Banco Central (BC) sobre a taxa básica de juros, a maioria dos analistas espera um novo aumento, mas está dividida sobre qual será a magnitude e os argumentos que serão usados pela autoridade em seu comunicado para orientar o veredicto . .
Na avaliação do economista Nilson Teixeira, ex-Crédit Suisse, a autoridade pode se basear em dois fatores principais para apoiar a decisão monetária: a expansão fiscal e a atividade econômica aquecida – duas dinâmicas que pressionam a inflação.
Contudo, para Teixeira, esta linha de raciocínio teria que considerar que a pressão sobre a economia continuaria a crescer no longo prazo. Contudo, não é isso que mostram as expectativas do mercado.
Em alta no Boletim Focus, as expectativas de crescimento em 2024 já chegam a 2,68%. Para 2025, porém, caem para 1,9%. O mesmo pode ser observado em relação à inflação, cuja taxa deverá encerrar o ano em 4,30%, segundo as projeções, e em 2025, em 3,92%;
“Vão dizer que a atividade está forte, mas o que acontece é que os números do 2º trimestre, que foram fortes, não devem impactar a inflação. É preciso observar se as previsões de crescimento serão mais fortes. E eles não são. Todos os analistas dizem que haverá uma desaceleração da atividade e que os estímulos fiscais deixarão de estar presentes”, explica.
Em relação ao mercado de trabalho, o economista também vê redução no ritmo de contratações e aumento de salários.
Portanto, uma desaceleração prevista pelo mercado a partir do segundo semestre poderá promover uma redução das pressões inflacionárias.
Embora a economia tenha tido um bom desempenho no segundo trimestre, crescendo 1,4%, dados preliminares do início do segundo semestre já apontam para uma desaceleração. Na sexta-feira (13), o IBC-Br, indicador considerado uma “prévia do PIB”, mostrou retração de 0,4% na atividade em julho, a primeira após quatro meses.
Relativamente à política fiscal, Teixeira defende que as previsões para o défice primário em 2025 e 2026 são inferiores às previstas para este ano. Ou seja, a dinâmica das contas públicas também não sugere, neste momento, maior pressão inflacionista.
O antigo Credit Suisse entende que calibrar a taxa de juro com base no hiato do produto tornou-se mais desafiante, dado o aumento das incertezas relacionadas com o crescimento potencial e as razões para os dados subestimados sobre a expansão económica. Nesse sentido, Teixeira defende a necessidade de o Banco Central observar outros determinantes da inflação para construir um cenário mais seguro em relação aos preços.
Outro fator mencionado que poderia contribuir para a redução da inflação é o movimento contrário dos bancos centrais dos países desenvolvidos para reduzir as taxas de juros.
Esta semana, o Banco Central Europeu anunciou um novo corte nas taxas em meio à desaceleração da inflação e ao fraco crescimento. Além disso, também é considerada certa uma queda nas taxas de juros nos Estados Unidos para a próxima semana, quando o Federal Reserve (Fed) se reunirá.
“Se você mantiver as taxas de juros inalteradas e todo mundo estiver reduzindo as taxas porque a inflação está diminuindo, é natural esperar que isso também contribua para a queda da inflação no Brasil”, diz ele.
Apesar de elencar esses argumentos e considerá-los frágeis para explicar uma alta nos juros, Teixeira não vê como um erro um possível ciclo de ajuste da Selic, principalmente se o objetivo do BC for atingir mais rapidamente a meta de inflação – atualmente fixada em 3%.
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