O número de recuperações judiciais atingiu níveis recordes em julho, chegando a 228 pedidos no Brasil — um aumento de mais de 28% na comparação mensal, segundo dados do Indicador de Falências e Recuperação Judicial da Serasa Experian.
Segundo especialistas consultados pela CNNa expectativa é que esse cenário se aprofunde com a possibilidade de aumento da taxa de juros na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
Atualmente, a Selic — taxa básica de juros — está em 10,5% ao ano depois que o Copom do Banco Central (BC) manteve os juros inalterados na última decisão unânime.
André Aroldo Freitas de Moura, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) e consultor de Valuation, afirma que o “aumento das taxas de juros sem dúvida agravará ainda mais esta situação, por isso podemos esperar novos recordes históricos para os RJs nos próximos meses”.
O atual nível de recuperação judicial pode ainda ser efeito da pandemia, quando a dívida aumentou e, “posteriormente, tivemos os maiores aumentos nas taxas de juros, passando de perto de 2% para cerca de 14%”, diz Moura.
Segundo o especialista, a situação da oferta de crédito e o recente aumento das taxas após o caso Americanas, em janeiro de 2023, também podem ajudar a explicar as complicações que as empresas vivem.
Segundo Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, as empresas que utilizam linhas de crédito, como desconto de cheques, faturas, adiantamento de crédito e capital de giro, sofrerão com o aumento de custos decorrente da elevação da taxa Selic.
“Os segmentos em que o crédito é uma importante alavanca para a comercialização, normalmente de produtos com maior valor unitário, acabam sendo os mais afetados quando há um aperto monetário”, explica o economista.
É o caso dos pequenos negócios, principalmente daqueles que já possuem dívidas elevadas, que não conseguirão negociar taxas mais baixas. Ou o setor retalhista, que poderá enfrentar uma desaceleração nos chamados bens duradouros — como automóveis, eletrodomésticos, eletrónica e mobiliário —, uma vez que dependem do crédito para os obter.
Segundo Rabi, vale destacar que um novo ciclo de juros elevados geraria um “efeito cascata” na economia, pois os consumidores também teriam que enfrentar taxas elevadas na contratação de serviços de crédito, correndo o risco de inadimplência.
“Esse é um fator que leva os consumidores à inadimplência, eles passam a não conseguir pagar parcelas de financiamentos, rotativos de cartões, cheques especiais”, afetando as empresas, pois “quem não recebe o pagamento é quem está do outro lado do balcão” , explica o economista.
*Sob supervisão de Gabriel Bosa
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