O Banco do Brasil teve lucro líquido ajustado de 9,5 bilhões de reais no segundo trimestre, crescimento de 8,2% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados divulgados nesta quarta-feira pelo banco estatal.
As projeções compiladas pela Lseg apontavam lucro líquido de 9,241 bilhões de reais no período.
No primeiro semestre, o lucro totalizou 18,8 bilhões de reais, com o BB mantendo a previsão para o ano na faixa de 37 bilhões e 40 bilhões de reais.
O retorno sobre o patrimônio líquido foi de 21,6% no segundo trimestre, acima dos 21,7% do primeiro trimestre e dos 21,3% do ano anterior, acima dos rivais privados Bradesco e Santander Brasil, mas abaixo do Itaú.
A margem financeira bruta totalizou 25,5 bilhões de reais, um aumento de 11,6% na comparação anual, mas uma queda de 0,7% em relação ao primeiro trimestre, com a margem do cliente encolhendo 1% na comparação anual e 2,1% na comparação trimestral.
O BB afirmou que o desempenho sequencial foi influenciado pelo maior número de dias úteis (63 no segundo trimestre de 2024 ante 61 no primeiro) e pelo mix de captação com participação relevante de poupança e depósitos judiciais.
A margem com o mercado saltou 100,7% ano contra ano e aumentou 4,4% em relação aos primeiros três meses.
O banco melhorou a previsão anteriormente divulgada para a margem bruta, prevendo agora um crescimento entre 10% e 13%, contra uma estimativa anterior de um aumento entre 7% e 11%, depois de um crescimento de 16,4% no primeiro semestre do ano.
As ações do BB fecharam a quarta-feira em queda de 1,31%, a 26,30 reais, acumulando queda de 0,59% em 2024.
O conselho de administração do banco também aprovou a distribuição de 866,8 milhões de reais em dividendos e 1,795 bilhão de reais em juros sobre capital próprio, ambos referentes ao segundo trimestre de 2024.
Crédito
No segundo trimestre, a carteira de crédito ampliada do BB cresceu 13,2% em relação ao mesmo período do ano passado, para 1,18 trilhão de reais, com expansão de 6,2% para pessoas físicas, 13,2% para pessoas jurídicas e 16,6% no agronegócio.
A inadimplência superior a 90 dias na carteira classificada foi de 3%, contra 2,9% três meses antes e 2,7% no mesmo período de 2023, com o índice de cobertura caindo para 191,3%.
O banco continua esperando que a carteira de crédito cresça entre 8% e 12% este ano.
As provisões para créditos de liquidação duvidosa ampliada (PCLD) aumentaram 8,8% ano a ano, para 7,176 bilhões de reais. Mas ficou abaixo dos 8,541 bilhões de reais dos primeiros três meses de 2024.
O BB também revisou a previsão para essa métrica em 2024, de entre 27 bilhões e 30 bilhões de reais para 31 bilhões a 34 bilhões de reais, após o primeiro semestre registrar uma provisão de 16,3 bilhões.
As receitas provenientes da prestação de serviços totalizaram 8,845 bilhões de reais, aumento de 6,7% na comparação anual e de 6% na comparação trimestral, auxiliadas pelas linhas de gestão de fundos, operações de crédito e garantias e receitas do mercado de capitais.
O BB realizará conferência com analistas sobre os resultados na quinta-feira, a partir das 11h.
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