As exportações brasileiras para a Argentina caíram US$ 1 bilhão em junho de 2024 em relação ao mesmo mês do ano passado. O número é 50,8% inferior ao registrado em 2023.
Os dados são da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) divulgados nesta quinta-feira (4).
Nos primeiros seis meses do ano, houve queda de 37,6% nas exportações para o país vizinho, representando uma queda de US$ 3,6 bilhões no período.
Segundo o diretor de Estatística e Estudos de Comércio Exterior do Mdic, Herlon Brandão, a diferença se deveu principalmente à queda do poder de compra da população argentina, principalmente considerando os números econômicos do país.
Os principais insumos que o Brasil deixou de exportar nos primeiros seis meses do ano para o país vizinho foram soja, peças e acessórios para veículos automotores, energia elétrica, tubos ocos de ferro ou aço e veículos de passeio.
Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística e Censos (Indec), divulgados na semana passada, o Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina caiu 5,1% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Ainda segundo o Indec, o consumo privado caiu 6,7% no primeiro trimestre, em relação ao mesmo período de 2023. O consumo público caiu 5% neste período.
Quanto à inflação, nos últimos 12 meses foi de 276,4% e este ano de 71,9%.
Os números marcam a primeira metade do governo de Javier Milei como presidente da Argentina.
“A queda nas exportações para a Argentina é basicamente de demanda. O PIB do país caiu mais de 5% no primeiro trimestre. Isso reduz a renda e o poder de compra da população, é basicamente uma questão de renda e de falta de demanda no país”, disse Brandão em entrevista coletiva para comentar os dados da balança comercial brasileira nesta quinta-feira (4).
“O Brasil exporta basicamente produtos industrializados e os produtos industrializados são mais sensíveis à queda de renda do que alimentos, por exemplo. O carro não tem rendimento ou tem rendimento reduzido e vai adiar a compra do carro, mas não da comida”, continuou.
Brandão também destacou a questão energética na Argentina. Segundo ele, no ano passado o Brasil exportou muita soja e energia devido à seca no país.
Este ano, porém, a colheita de soja da Argentina se recuperou sem a necessidade de importação do cereal brasileiro.
Por outro lado, as importações do Brasil do país vizinho aumentaram 8,8% em junho de 2024. No acumulado do ano, o valor representa 2,4% em relação ao mesmo período do ano anterior.
A CNN entrou em contato com a embaixada argentina no Brasil para comentar os números, mas não obteve resposta até a publicação desta matéria.
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